Para possibilitar eficiência e qualidade de trabalho às polícias Civil e Militar, o Governo do Estado de São Paulo está investindo R$ 18 milhões no setor de tecnologia da informação e da comunicação digitalizada. A busca dessa evolução assegurará confiabilidade além de permitir a integração na comunicação entre as polícias militar, civil, técnica e o corpo de bombeiros. A Secretaria da Segurança Pública está modernizando a digitalização do setor de comunicação de suas unidades e já instalou o sistema digital no atendimento do seu Centro de Operações (Copom) em três regiões: São José dos Campos, Baixada Santista e Campinas.
O Governo do Estado liberou os recursos para a aquisição de equipamentos de infra-estrutura e rádios. “São mais de sete milhões de pessoas beneficiadas”, afirma o diretor de sistemas da PM, coronel Clóvis Santinon. De maio até agosto, a região de São José dos Campos esteve em fase de testes e já está operando regularmente com a novidade. Na Baixada Santista e em Campinas, a fase de experimento será concluída ainda este mês. A segunda etapa do projeto, programada para o começo do ano que vem, prevê a instituição do método nas cidades de Barueri, Carapicuíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Guarulhos e Osasco.
“Os investimentos estão sendo feitos, agora, na infra-estrutura da rede. Estamos abrindo a estrada para o futuro em termos de tecnologia”, informa o coronel. A terceira fase será na cidade de São Paulo, também agendada para 2005. “Como os custos e o tamanho da rede na região metropolitana são maiores, escolhemos outras regiões para iniciar o projeto. Desse modo, economizamos tempo e dinheiro na execução dos testes.”
Como explica o oficial, são inúmeras as vantagens do padrão digital. A segurança nas transmissões é uma delas: “Hoje, o sistema utilizado é o VHF, que não é completamente seguro porque existe a possibilidade de escuta clandestina e interferência na comunicação. Com o modo digital isso é quase impossível em razão da codificação, evitando que outras pessoas captem as informações”.
Clareza e alcance nas transmissões são outras vantagens que permitem mais um benefício: a centralização dos atendimentos em pontos estratégicos. “Praticamente em cada município tem um serviço de telefone 190. O novo sistema permitirá a concentração desse trabalho, liberando mais policiais para as ruas”, esclarece Santinon.
Base sólida para o futuro
Desde 1998 a diretoria de sistemas da PM vem estudando melhores opções para a digitalização da sua comunicação. Entre os disponíveis, optou pelo padrão de rádio digital APCO-P25. O método opera em freqüência UHF e VHF, e permite o funcionamento nos modos analógico e digital. Esse foi um dos principais motivos que determinaram a escolha da tecnologia pela PM de São Paulo. “Adotamos essa opção para preservar os investimentos feitos e permitir a transição tecnológica gradual”, explica o coronel.
Dos equipamentos utilizados pela PM, 85% operam na banda de VHF. São, aproximadamente, 15 mil rádios, quatro mil deles adquiridos nos últimos três anos. A nova estrutura de radiocomunicação permitirá, no futuro, a instalação de computadores em viaturas, possibilitando rápidas consultas às bases de dados e ao Sistema de Geo-Posicionamento Global – GPS, sistema de navegação e localização de alta precisão, realizado por satélites.
Joice Henrique
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
