Especial do D.O.: São Paulo sedia maior evento nacional do esporte para deficientes físicos

Nesta quarta, dia 12, será apresentada a delegação brasileira que representará o País em Atenas

qua, 12/05/2004 - 8h49 | Do Portal do Governo

São Paulo está sediando os Jogos Paraolímpicos do Brasil, maior evento nacional do esporte para portadores de deficiência física. Cerca de 600 atletas e 150 profissionais como guias, técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, oftalmologistas e equipes de trabalho, de diversos Estados, atuam nas competições e no apoio dos jogos, que começaram quarta-feira passada, dia 5, e terminam amanhã, dia 13.

Os esportistas participam de 15 modalidades: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol de cinco, futebol de sete, golbol, halterofilismo, hipismo, judô, natação, tênis, tênis de mesa, tiro esportivo, vela e voleibol sentado. As disputas são realizadas no Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ibirapuera), Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, Hípica de Santo Amaro, Associação Desportiva Durval Guimarães, Represa de Guarapiranga e Cidade Universitária (USP).

Os Jogos Paraolímpicos do Brasil são promovidos pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), com o apoio do governo do Estado e da prefeitura de São Paulo. A Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer destina R$ 457 mil às competições. O governo paulista deverá investir, este ano, cerca de R$ 1 milhão em programas esportivos destinados aos portadores de deficiência.

Bom desempenho

Na cerimônia de abertura, realizada no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, o governador Geraldo Alckmin afirmou que São Paulo se sente honrada em sediar a competição. Lembrou que o País saiu-se bem na última paraolimpíada, em Sidney, há quatro anos: “O Brasil trouxe 22 medalhas disputando nove modalidades. Agora serão 13, com 97 atletas participando”.

Hoje, dia 12, serão apresentados os integrantes da delegação brasileira que representarão o País na Paraolimpíada de Atenas, que começará dia 13 de setembro (15 dias após o término das olimpíadas convencionais).

Profissionais da saúde nos bastidores da competição

Dezenas de profissionais como fisiologistas do movimento, especialistas em avaliação física e funcional apoiam o trabalho. O deficiente visual Luiz Carlos dos Santos, 35 anos, é um dos sete fisioterapeutas, que acompanham a seleção brasileira desde junho do ano passado. Ele atua na preparação física de atletas. Em 1999, foi convocado para acompanhar nossos representantes nos Jogos Parapanamericanos, no México.

Nos últimos 11 meses, Luiz preparou equipes da seleção brasileira de futebol de cinco. Eles treinavam uma vez por mês, durante oito dias, na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef), em Niterói (RJ). “Trabalhei tanto na prevenção como no tratamento de lesões, preparação física, orientação, alongamento e hidroterapia”, explica o fisioterapeuta.

Na sua opinião, os desafios enfrentados pelos competidores de diferentes lugares do País são as intensas atividades diárias desenvolvidas: trabalhar, estudar e ainda encontrar tempo para treinar nas associações locais. “Eu, como deficiente, estou dando minha contribuição profissional”, avalia o preparador, que acredita na sua convocação para atuar na Paraolimpíada de Atenas.

Viviane Gomes
Da Agência Imprensa Oficial

(AM)