Especial do D.O.: Reabilitação motora ganha nova tecnologia

Profissionais que trabalham com esportes ou reabilitação motora podem decidir tipo de intervenção

ter, 07/01/2003 - 10h11 | Do Portal do Governo

O sistema Dvideow, Digital Vídeo for Biomechanics, permite analisar o movimento humano tanto de atletas como de pessoas portadoras de deficiência a partir de imagens de vídeo. Com o Dvideow, os profissionais que trabalham com esportes ou reabilitação motora podem decidir, com mais precisão, que tipo de intervenção deve ser feita no paciente, adequar tratamentos e prevenir lesões.

Criado pelo coordenador do Laboratório de Instrumentação para Biomecânica (LIB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Machado Leite de Barros, o Dvideow foi projetado para ser usado em diferentes aplicações, como, por exemplo, análise de marcha (ou caminhada), movimentos respiratórios, rastreamento automático de jogadores de futebol e reconstrução de superfícies do corpo humano.

Análise e prevenção

Composto por um software desenvolvido na Unicamp, seis câmeras de vídeo digital e seis computadores do tipo PC, o sistema torna possível quantificar alterações nos padrões normais de movimentos, como a capacidade de flexionar o joelho ou mover os braços durante o andar. Assim, é possível perceber a evolução de processos de recuperação em pessoas que sofreram acidentes, as que são portadoras de paralisias ou utilizam próteses.

Quando aplicada ao esporte, a análise biomecânica admite avaliar o desempenho do atleta auxiliando na prevenção de lesões decorrentes de sobrecarga, comparar métodos de ensino de determinada técnica esportiva e analisar equipamentos esportivos. A metodologia também pode ser usada para testes de graus de habilidade ou destreza em estudos ergonômicos.

A análise de marcha é usada por vários laboratórios de recuperação motora do País, como o da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), de São Paulo. “A diferença do Dvideow com relação ao utilizado pela AACD é que o nosso sistema usa registro de imagem e o deles é baseado em luz infravermelha”, diz o pesquisador. “O sistema usado nessa entidade facilita a medição automática do movimento, mas não fornece a informação visual”.

Da Agência Imprensa Oficial
(Fonte: www.fapesp.br)