Especial do D.O.: Produção inédita de Drummond é destaque na TV Cultura

Primeira parte será apresentada no dia 24 de maio

qua, 14/05/2003 - 11h39 | Do Portal do Governo

Mergulhar no universo drummondiano é a proposta do documentário Poeta de Sete Faces que terá a primeira parte apresentada na TV Cultura, dia 24 de maio, às 21 horas. A parte final irá ao ar dia 31, também às 21 horas e ganha exibição pela primeira vez na televisão. A produção conta a vida do poeta desde o seu nascimento em Itabira (MG), no dia 31 de outubro de 1902, até a sua morte, em 1987.

O cineasta Paulo Thiago, diretor de filmes como Águia na Cabeça; Jorge, um Brasileiro; e Policarpo Quaresma, refaz a trajetória do mais conhecido poeta brasileiro, Carlos Drummond de Andrade, misturando imagens de arquivo e depoimentos.

Importância indiscutível

No documentário, os poemas de Drummond são encenados ou declamados por grandes nomes da teledramaturgia e do teatro, como Paulo Autran, Paulo José, Othon Bastos, Zezé Motta e Cláudio Mamberti. Traz ainda depoimentos de outros poetas a respeito da importância indiscutível da obra de Carlos Drummond de Andrade. Nesta parte, os convidados são Mário Chamie, Ferreira Gullar, Adélia Prado, Luis Costa Lima, Benedito Nunes, Afonso Romano de Sant’Anna, entre outros.

O ator Carlos Gregório interpreta Drummond adulto, personagem que permeia toda a narrativa. Há cenas de Drummond ao lado do ex-ministro Gustavo Capanema e Roquette Pinto, e até uma entrevista com o próprio poeta, feita em 1984. A música é outro caminho utilizado por Paulo Thiago para traduzir a complexidade de seus versos e de suas diferentes fases poéticas.

O poema Telegrama, por exemplo, é interpretado pela Companhia Itabirana de Teatro. O conhecido E Agora, José? ganha nova força com a interpretação do Coral Calíope, sob a regência do maestro Júlio Moretzsohn. Samuel Rosa, vocalista do Skank, traz o Poema de Sete Faces, musicado por Túlio Mourão.

Várias traduções

Alvo de admiração, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade iniciou a carreira literária como colaborador do Diário de Minas. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da TV Cultura

(AM)