Especial do D.O.: Polícia Ambiental oferece patrulhamento a comunidades rurais

Programa está requalificando policiais para atender às demandas de segurança no campo

ter, 05/08/2003 - 11h03 | Do Portal do Governo

O policial militar, ao ingressar na corporação, passa por intensos treinamentos que o capacita para os patrulhamentos ostensivos, qualificando-o para enfrentar qualquer situação. Mas quando esse mesmo agente passa a fazer parte da Polícia Militar Ambiental, os casos de roubos, homicídios e tráfico de entorpecentes dão lugar aos de incêndios florestais, caça ilegal e tráfico da fauna silvestre.

Assim foi até maio deste ano, mês em que a Polícia Ambiental pôs em prática o Programa de Patrulhamento Rural, criado para enfrentar um problema até então sem solução: “a marginalidade migrando para o meio rural”, como relata o tenente Marcelo Robis, assessor de comunicação, baseando-se em estatísticas da própria corporação.

Comunidades rurais

Além da atividade ambiental, os policiais estão sendo requalificados para atender às demandas da segurança no meio rural”, explica Robis. Objetivo da iniciativa é atender às expectativas das comunidades que residem no campo, que reclamavam maior presença do policiamento.

O comando da Polícia Ambiental promoveu o necessário treinamento dos policiais, oferecendo cursos para o manuseio adequado de armas de grande impacto, como pistolas, aulas de legislação de segurança e técnicas de abordagem. Também guarneceu a corporação com armamentos pesados e 80 veículos Land Rover, reformados recentemente. O material foi destinado aos batalhões das cidades de São Paulo, Birigüi, Guarujá e São José do Rio Preto.

Polícia do campo

Comparando dados estatísticos das ocorrências policiais, dos primeiros semestres de 2002 e 2003 é possível avaliar alguns resultados do Programa de Patrulhamento Rural. De janeiro a junho deste ano, 18,1 mil pessoas foram revistadas em todo o Estado pela Polícia Ambiental, 3,8 mil a mais que no ano passado. As fiscalizações de veículos e condutores também cresceram, assim como as operações de policiamento preventivo, que de 2,7 mil nos primeiros seis meses de 2002 chegaram a 4,6 mil no mesmo período deste ano.

As estatísticas deste ano também registram dados novos, como o número de furtos, detenções por porte ilegal de armas, consumo ou tráfico de drogas e prisões de pessoas procuradas. “Hoje nada está escapando, nem mesmo auto de infração de trânsito”, comenta o tenente.

O tipo de ocorrências, mesmo as de natureza ambiental, também mudou. É o caso da apreensão de 30 mil rótulos de vidros de palmito e milhares de vidros em uma empresa, em Campinas. Ações dessa natureza ocorriam na mata, levando à prisão dos criminosos próximos à palmeira derrubada ou em veículos transportando os palmitos in natura.

PM torna-se referência

“A Polícia Militar Ambiental de São Paulo tornou-se referência para as corporações de outros Estados. É intenção do governo do Estado difundir o seu trabalho por todo o País, para que a população rural possa conhecê-lo melhor”, afirma o tenente Robis, lembrando que são cada vez mais freqüentes os casos de furto de gado e de implementos agrícolas.

O Programa de Patrulhamento Rural, apesar de recente, começa a gerar demandas novas. Na mesa do tenente Robis havia cinco pedidos de prefeituras que manifestavam o desejo de serem contempladas com essa modalidade de policiamento.

De acordo com o tenente, a Polícia Militar Ambiental tem, hoje, efetivo de 2,2 mil homens distribuídos em companhias por todo o Estado. Essas unidades integram os quatro batalhões localizados em São Paulo, Birigüi, Guarujá e São José do Rio Preto.

Osmar Soares
Da Assessoria de Imprensa
da Secretaria do Meio Ambiente

(AM)