Da Agência Imprensa Oficial
O professor Sergio Henrique Ferreira, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, é o novo integrante da National Academy of Sciences (NAS). A oficialização do seu ingresso ocorreu no último sábado, dia 26, em Washington (EUA).
Desde o ano passado, o cientista já tinha a condição de membro estrangeiro da NAS. Ele é o quarto brasileiro a fazer parte da Academia, fundada em 1863. Os outros três são Jacob Palis Jr, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia), Francisco Mauro Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o professor Warwick Kerr, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
Natural de Franca, Interior de São Paulo, Sérgio Henrique Ferreira diplomou-se médico em 1960 pela Faculdade de Medicina de São Paulo (USP). No ano seguinte começou a trabalhar no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, onde colaborou para tornar a bradicinina, extraída do veneno da jararaca, a base dos medicamentos anti-hipertensivos.
Carreira científica
Reconhecido internacionalmente por sua contribuição na área de analgésicos antiinflamatórios, Ferreira possui grupo de pesquisa em Ribeirão Preto que descreveu um novo mecanismo de ação analgésica periférica da dipirona. Baseado em sua descoberta da ação periférica da morfina, desenvolve atualmente estudo sobre uma nova classe de analgésicos periféricos.
Ao longo de sua carreira científica, Sérgio Ferreira teve intensa atividade no meio acadêmico e de saúde pública. Há mais de vinte anos é editor-fundador do Brazilian Journal of Medical and Biological Sciences, considerada a publicação de maior impacto em sua área na América Latina. Criou e administra um portal (Dor on line), que chama atenção para fatos novos e acontecimentos na área da saúde. Foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 1995 a1999 e eleito presidente de honra da mesma entidade em 2001.
Médico premiado
Sergio Ferreira fundou a Fesbe, que reúne hoje as sociedades de Biofísica, Bioquímica e Biologia Molecular, Fisiologia, Imunologia, Investigação Clínica e Neurociências e Comportamento, de cujo congresso anual participam mais de dois mil pesquisadores e jovens cientistas. De 1997 a 2001 atuou nos quadros do (Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT) do Ministério das Tecnologias. Foi eleito um dos 10 maiores médicos do século, por pesquisa entre os principais centros científicos brasileiros (revista Médicos-1998) e o cientista brasileiro mais citado no exterior ( jornal Folha de S. Paulo).
Sergio Henrique é autor de mais de 220 publicações, incluindo capítulos de livros, publicações em revistas internacionais e livros. Recebeu várias distinções, entre as quais o Prêmio México de Ciência e Tecnologia-1999, outorgado pelo governo mexicano.
(AM)
