Especial do D.O.: Integração das bibliotecas virtuais da USP facilita acesso ao acervo

Idéia é criar um sistema que reúna um catálogo on-line das 39 bibliotecas da universidade

seg, 27/01/2003 - 11h01 | Do Portal do Governo

Com suas 39 bibliotecas distribuídas em vários câmpus pelo Estado, a Universidade de São Paulo (USP) enfrenta o desafio de sistematizar o seu volumoso acervo (composto de dados das diversas áreas) de modo a democratizar o conhecimento que produz e facilitar a busca de informações por parte dos usuários.

Outra meta é possibilitar ao público conhecer os serviços e os produtos oferecidos pelas bibliotecas. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), por exemplo, coloca à disposição dos interessados obras raras via e-mail. ‘Temos um acervo que é referência na América Latina e cuja acessibilidade é restrita. Tornamos disponível parte desse acervo sem comprometer o original a um custo praticamente zero’, relata Neusa Kazue Habe, bibliotecária da FAU.

Sistema virtual

Para enfrentar as exigências foi desenvolvido o Programa de Administração da Inovação Científica e Tecnológica nos Serviços de Informação para o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi), promovido pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP).

O projeto, que já capacitou 80 funcionários, nasceu da percepção de que os bibliotecários necessitam de mais conhecimentos sobre a área gerencial e de administração da informação.

Durante as aulas foram discutidas novas idéias sobre os problemas atuais vividos pelas bibliotecas e pelo Sibi. Um exemplo desse esforço foi o trabalho de conclusão de curso Conteúdo Mínimo de Informações para os sites das Bibliotecas da USP, de Marilza Tognetti, do Instituto de Física de São Carlos, Adriana Moretti, da Esalq, Solange Puccinelli, Lucia Zanetti, da Escola de Engenharia de São Carlos, e de Leopoldina Libardi, da Biblioteca Central do câmpus da USP. Esse é o primeiro estudo a trazer diagnóstico aprofundado de todo o sistema virtual das bibliotecas.

Informatizar e integrar

As autoras propuseram um conteúdo mínimo para as páginas de todas as bibliotecas, de modo a respeitar a particularidade de cada faculdade e, ao mesmo tempo, manter integração entre elas. ‘Porém 12% dessas faculdades não possuem site’, revela Marilza. E alerta que ‘diversidades de nomenclatura do catálogo on-line, por exemplo, atualizações irregulares, informações antigas, links inativos, níveis de conteúdo diferentes entre as bibliotecas não podem existir’.

Segundo Henrique Rozenfeld, presidente do Conselho supervisor, órgão que compõe o Sibi, cada uma das bibliotecas construiu suas páginas individualmente, sem qualquer orientação ou diretriz básica.

A análise técnica de problemas sistêmicos feita pelo estudo está servindo de subsídio para a reformulação e atualização de versão da rede SibiNet, já em andamento. As idéias, diagnósticos e orientações podem ainda ser aproveitados em novos projetos que venham a sanar as problemas identificados.

Da Agência Imprensa Oficial
(Fonte: www.fia.com.br)

A.M.