Especial do D.O.: Ilha Comprida discute recuperação de áreas deterioradas

Pesquisadores do Instituto de Botânica apresentaram conclusões do projeto Repovoamento Vegetal com Árvores Nativas

qui, 17/04/2003 - 13h47 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial


O Instituto de Botânica (IBt), em Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo, organizou seminário regional sob o tema “Recuperação de Áreas Degradadas: Conservação e Manejo de Formações Florestais Litorâneas”. O evento ocorreu no Espaço Cultural Plínio Marcos e teve o apoio da prefeitura da cidade. Compareceram mais de 300 pessoas, entre pesquisadores, estudantes e representantes de universidades, órgãos públicos e organizações não-governamentais.

Os participantes assistiram a um curso de capacitação técnica a respeito de recuperação de áreas degradadas, produção de sementes e mudas, educação ambiental e manejo de manguezais e restingas. Houve atividades práticas com especialistas, visitas a projetos-piloto de recuperação ambiental apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Pesquisadores do Instituto de Botânica apresentaram conclusões relativas ao projeto “Repovoamento Vegetal com Árvores Nativas”, incentivado pela Fapesp. Na seqüência, debateram sobre experiências e alternativas auto-sustentáveis para a região.

Soluções alternativas

Informando que Ilha Comprida está localizada numa Área de Preservação Ambiental (APA), o prefeito Décio José Ventura ressaltou as dificuldades para a gestão do município em decorrência de restrições legais. Por esse motivo, tem buscado soluções alternativas com a comunidade com referência à geração de emprego e renda para a população.

Com esse objetivo, estão sendo desenvolvidos doze projetos, como viveiro para produção de mudas destinadas à recuperação de áreas degradadas na ilha. A ação possibilita rendimentos extras com a comercialização das plantas excedentes.

Outras iniciativas são a criação induzida de robalos em tanques-rede no mar, clonagem de bromélias nativas para produção de mudas, plano de manejo da taboa (planta comum em brejos) para artesanato, processamento de siri, quando o crustáceo troca a casca, análise do potencial das ervas medicinais da ilha e o uso de sphagnum, uma espécie de musgo que se prolifera em áreas úmidas de Mata Atlântica, como bioindicador de poluição.

(AM)