Especial do D.O.: Estado tem 10% de áreas protegidas com planos de exploração controlada

Dado foi apresentado na última reunião do Consema por Maria Cecília Wey de Brito, diretora do Instituto Florestal

seg, 24/05/2004 - 10h41 | Do Portal do Governo

Aproximadamente 10% das áreas de conservação ambiental do Estado de São Paulo, administradas pelo Instituto Florestal (IF), têm planos de manejo. O que quer dizer que há estudos que asseguram que essas áreas podem suportar atividades humanas e de negócios sem prejudicar o ecossistema, como o extrativismo sustentado, o ecoturismo e a agricultura de subsistência para a população local.

O dado foi apresentado na última reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), na semana passada, por Maria Cecília Wey de Brito, diretora do IF. Ela informou que o porcentual de 10,2% corresponde a 87,36 mil hectares de um total de 859,7 mil ha, e abrangem 86 unidades de conservação no Estado administradas pelo instituto, órgão da Secretaria do Meio Ambiente.

O número é mais elevado que os 7% de média verificados entre as 300 unidades de conservação, de 42 países, monitoradas pela organização internacional WWF, ONG que integra a rede mundial de proteção e conservação da natureza. O Instituto Florestal elabora plano de manejo em 734,166 mil ha, correspondentes a 85,4% das áreas em conservação sob sua responsabilidade.

Restam, ainda, 38,24 mil ha, onde não foram iniciados os trabalhos de execução desse instrumento de gestão. Isso significa que 11,6% dos 697,45 mil ha de parques estaduais paulistas dispõem de planos de exploração, assim como 4,7% dos 108,52 mil ha de estações ecológicas e 4,5% dos 24,90 mil ha das estações experimentais.

Metas e orientação

Planos de gestão ambiental são processos dinâmicos, interativos e participativos para definir objetivos específicos, metas e atividades para cada unidade. Zoneamento, programas de educação ambiental, ecoturismo, pesquisa, interação socioambiental e conservação dos ecossistemas orientam estratégias de ação que buscam solucionar e reduzir conflitos. Também asseguram sustentabilidade ecológica, econômica e social para cada unidade.

Esses planos são elaborados com a participação da comunidade, representantes dos municípios, cientistas e pesquisadores, ONGs e outras instituições. Maria Cecília ressalta que os 859,77 mil ha de áreas protegidas correspondem a 3,47% da superfície do Estado, que é de 24,8 milhões de ha. Nas unidades de conservação, 725,27 ha são de mata atlântica (22,3% remanescentes no Estado) e 8,54 mil ha de savana (4,04% remanescentes).

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Da Agência Imprensa Oficial

(AM)