Especial do D.O.: Criação de câmara de energia deve gerar trabalho e renda no Estado

Medida visa à inserção do gás como propulsor do desenvolvimento paulista

qua, 24/03/2004 - 9h38 | Do Portal do Governo

Por iniciativa das secretarias de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo e de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, o Governo estadual criou a Câmara de Energia/Gás Natural. A medida visa à inserção do gás como propulsor do desenvolvimento paulista e tem como parceiros a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e as distribuidoras Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural, que atuam no Estado.

Para o secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Meirelles, as prioridades da recém-criada câmara começam pela discussão do preço do gás para o mercado consumidor, passam por um programa operacional de ampliação de consumo e prosseguem na mudança cultural para o uso do gás veicular. “Todas são absolutamente urgentes para o desenvolvimento industrial de São Paulo e do Brasil.”

Bacia de Santos

Meirelles destacou o resultado do trabalho realizado pelo Governo do Estado. “Em dezembro, quando o governador, o secretário de Energia e eu iniciamos essa jornada, que incluiu reuniões com a ministra das Minas e Energia e com o presidente da Petrobras, o gás natural boliviano estava sendo comercializado ao preço de US$ 3,80 por milhão de BTUs (cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás); hoje reduziu para US$ 3,36 por milhão de BTUs. A meta do governo é que o custo do gás atinja US$ 2,77 por milhão de BTUs”, informa.

Segundo Meirelles, a criação da câmara acontece no momento certo. “Temos de acelerar este meio de desenvolvimento para o nosso Estado, principalmente agora que nos preparamos para contar, a partir do próximo ano, com uma produção extraordinária da Bacia de Santos.”

Setor energético

O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico, Luigi Giavina, diz que a câmara visa a estabelecer diálogo entre o poder regulador (Estado) e o segmento responsável pela produção (iniciativa privada), além de garantir investimentos no setor energético. Para ele, os efeitos práticos da criação da câmara serão geração de trabalho e renda, do lado do governo, e garantia de retorno ao investidor privado, que não é necessariamente só o capitalista mas, também, por exemplo, o trabalhador que participa dos fundos de pensão.

Os diretores das concessionárias presentes ao evento foram unânimes no compromisso com os trabalhos da câmara e estão dispostos a colaborar com o Estado no sentido de tornar esta alternativa energética acessível ao maior número possível de brasileiros.

Da Agência Imprensa Oficial

(AM)