Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de Imprensa do Itesp
No final deste semestre, as 43 famílias do assentamento Ibitiúva, no município de Pitangueiras, e as 82 do Reage Brasil, em Bebedouro, terão direito à exploração e comercialização, de forma planejada, de 3,5 hectares de eucalipto reflorestado. É o que informa Alessandro Oliveira, responsável pelo grupo técnico de desenvolvimento do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Bebedouro.
“Foram três anos de discussão com a comunidade a respeito do plano de manejo sustentável. Agora a expectativa é de que a parcela anual de utilização e comércio da madeira, estabelecida em 15% do total pelo plano, seja toda aproveitada em 2003”, declarou Oliveira.
Ao abrir a possibilidade de exploração coletiva do eucalipto de antigas áreas de reflorestamento localizadas nos assentamentos, o Itesp prevê o aproveitamento das florestas já existentes e, assim, gerar renda e matéria-prima para os moradores desses locais pelo período de 15 a 20 anos.
Exploração responsável
A floresta do Ibitiúva tem 150 hectares e a do Reage Brasil, 295. Ambas estão localizadas em áreas de plantio e não fazem parte das áreas de reserva florestal ou de preservação permanente estabelecidas em lei.
O trabalho, no entanto, não se restringe ao manejo. De acordo com o responsável pelo grupo técnico de gestão ambiental do Itesp, Luís Fernando Marinho, além da extração da madeira para mourões e lenha, devem ser realizados trabalhos em apicultura, educação ambiental para jovens e a instalação de mini-usinas de tratamento de madeira e destilação de óleos. “Estamos trabalhando a fim de conseguir a certificação dessa madeira para exportá-la, diz Marinho.”
(AM)