Especial do D.O.: Agricultura faz radiografia em pomares paulistas contra morte súbita

Análise de 211 milhões de pés de laranjas será realizada por fiscais do Fundecitrus e da Defesa Agropecuária

qua, 02/04/2003 - 12h22 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da SEAA


A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento iniciou ontem, em Bebedouro, a varredura dos laranjais paulistas para combater a Morte Súbita dos Citros. O trabalho será realizado até setembro e fiscalizará 80 mil propriedades com plantação de laranja. A doença está atacando um milhão de árvores do sul mineiro e norte paulista, e os prejuízos atingem US$ 20 milhões.

“A varredura começou por Bebedouro porque em pontos próximos ao município foram encontrados focos da doença”, explica Duarte Nogueira, secretário Agricultura. De acordo com levantamento realizado no final de 2001, a praga contaminou pomares de Colômbia, Altair, Guaraci, Barretos, Nova Granada e Olímpia. “Em 90 dias, o trabalho deverá apresentar os primeiros resultados. E ao final de seis meses será possível ter uma radiografia completa dos 211 milhões de pés de laranjas do Estado”, analisa.

Força-tarefa

O trabalho de verificação envolve 3,5 mil fiscais do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e 600 profissionais da Defesa Agropecuária e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos ligados à Secretaria da Agricultura. A varredura será iniciada nas demais regiões citrícolas do Estado e em eventos regionais realizados nas cidades de Ibitinga, Limeira, São José do Rio Preto e Matão.

A verificação dos pomares foi uma das estratégias adotada pela força-tarefa instituída em fevereiro. Ela inclui o Ministério da Agricultura, Fundecitrus, representantes da cadeia produtiva e secretarias de agricultura dos maiores estados produtores brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

O que é a morte súbita

A morte súbita é uma doença de combinação copa/porta-enxerto que atinge somente as plantas enxertadas em limão-cravo e seca a raiz da árvore. Essa característica é preocupante, porque o cravo responde por 85% dos porta-enxertos do parque citrícola brasileiro, do qual fazem parte 313 municípios paulistas e 17 mineiros.

O nome morte súbita dos citros foi concebido devido à rapidez com que ataca e destrói o pé da fruta. As pesquisas ainda não identificaram o agente causal da praga e, por isso, segundo o secretário, a informação é a melhor forma de combate. “O êxito desse trabalho irá depender da capacidade de mobilização de todo o setor e também da divulgação das informações sobre a doença”, conclui.

SERVIÇO
Secretaria Estadual de Agricultura – www.agroportal.sp.gov.br
Telefone (11) 5073-7899