Especial do D.O.: Agricultura combate doença nos laranjais de São Paulo

Denominada morte súbita, praga atinge mais de 320 mil plantas

sex, 31/01/2003 - 10h04 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento coordena com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) um conjunto de medidas para conter o avanço da morte súbita nos laranjais. A doença infesta as regiões norte do Estado e sudoeste de Minas Gerais.

Em São Paulo, a praga foi encontrada em Altair, Barretos, Colômbia Guaraci e Olímpia. Minas Gerais detém 93% dos focos nas cidades de Uberlândia, Monte Alegre de Minas, Prata, Campo Florido, Frutal e Planura.

O combate à doença inclui ações de contenção e erradicação da doença, por meio da inspeção de todos os terrenos de cultura (talhões) suspeitos e infectados pela praga. Em 4,5 mil talhões mineiros e paulistas, numa área de 11,5 mil km2 foram analisados 13,2 milhões de árvores enxertadas em limão-cravo, e foram encontradas 327,5 mil plantas com sintomas da morte súbita.

Maior pomar citrícola do mundo

O Brasil produz 29% da laranja mundial e deste total São Paulo planta 21%. O valor corresponde a 78% do volume nacional e o Estado é responsável por 97% das exportações do País de suco cítrico.
Com o objetivo de traçar um plano de ação conjunto de combate à doença nos laranjais paulistas, o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira Júnior, esteve reunido com técnicos citricultores do Estado.

Entre as medidas em andamento, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento expediu portaria que proíbe a comercialização e transporte de mudas de citros produzidos em viveiros abertos.

Desde 1997, a secretaria trabalha para que os viveiristas alterem o seu sistema por meio de linha de financiamento para montagem e instalação de viveiros protegidos, no valor de R$ 35 mil, com juros de 4% ao ano e carência de 18 meses. Hoje são cerca de 378 viveiros com telas no Estado, responsáveis por cerca de 70% da produção de mudas.

Sinais da morte súbita

A morte súbita dos citros (MSC) é uma doença de causa ainda desconhecida. Foi detectada pela primeira vez em Comendador Gomes (MG), em 2001. Os primeiros sinais são a perda generalizada do brilho e a diminuição do tamanho das folhas e coloração amarelada nos tecidos internos da casca, seguidos de ligeira desfolha. Podem ser confundidos com os de outras doenças, como o declínio, por exemplo. As árvores doentes têm grande quantidade de raízes podres e mortas. Em variedades precoces, a planta demora para morrer, mas fica economicamente inviável.

Recomendações aos produtores

– Caule deve ser cortado para confirmação da doença. Evitar o trânsito de material propagativo (borbulhas e mudas) para fora das áreas afetadas
– Produzir e plantar mudas em diferentes porta-enxertos tolerantes
– Notificar o Fundecitrus de sintomas da doença no laranjal

Da Agência Imprensa Oficial
e Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento

(Fonte: www.fundecitrus.com.br)