Especial do D.O.: Ações educativas beneficiam jovens internos

Serão criadas cinco novas diretorias para dar agilidade no papel educador da Febem

sex, 10/01/2003 - 11h37 | Do Portal do Governo

O secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, enfatizou em seu discurso que a transferência da Febem para a pasta da Educação dará mais força para execução das medidas educativas. “A Secretaria tem representação em todos os municípios do Estado. Haverá maior possibilidade de envolver pais, professores, rede pública e diretores de ensino. Esse será o desafio dos educadores para preparar uma humanidade melhor”.

Serão criadas cinco novas diretorias para dar agilidade no papel educador da Fundação. No final de fevereiro será realizado fórum que reunirá entidades ligadas à Febem, diretores das unidades, comunidade, Ministério Público, Poder Judiciário, OAB e Procuradoria Geral do Estado. O objetivo é promover reflexão e divisão de responsabilidades, visando à efetiva participação da sociedade civil no trabalho de reintegração dos jovens.

Projetos educacionais

O secretário disse que os projetos educacionais, como teatro, festivais musicais, programas na área de literatura, entre outros, instalados na gestão Maria Luiza Granado, terão continuidade. Além disso, serão desenvolvidos novos esforços de capacitação profissional dos funcionários.

Exemplo de programa profissionalizante que rendeu bons resultados foi o projeto Gráfica-escola, iniciativa da Imprensa Oficial do Estado, em parceria com o Sindicato dos Gráficos e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps). “É um ótimo projeto. Recordo-me da data em que os adolescentes se formaram na Fiesp, receberam carteira de trabalho e diploma. Foi um dia de muita emoção na Febem”. Ele salientou que o projeto pode ser ampliado, dependendo de acertos com a Imprensa Oficial e outras entidades.

O titular da pasta esclareceu que não faltarão recursos para a Febem. “A questão não é financeira e sim de vontade política e responsabilidade social. O orçamento da Febem é bom, temos condições de fazer um trabalho de qualidade, o que falta é apoio da comunidade.”

Ao convocar o novo presidente da entidade, o secretário definiu: “Educar o adolescente infrator é o caminho para recuperação de sua dignidade, aproximação com a família e profissionalização”.

Atualmente a Fundação tem 7,5 mil funcionários. Desses, 3,5 mil participaram de programas de capacitação profissional no ano passado.

Viviane Santos
Da Agência Imprensa Oficial