Especial: Criado pólo de agronegócios de Capão Bonito

Pólo Sudoeste Paulista abrange 29 municípios paulistas

qui, 22/08/2002 - 10h03 | Do Portal do Governo

Os agricultores do Estado de São Paulo já contam com mais um Pólo de Agronegócios: foi inaugurado o Pólo Sudoeste Paulista, com sede na cidade de Capão Bonito. A implantação dessa unidade consta da Resolução nº34 da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), que está publicada na edição desta quinta-feira, dia 22, do Diário Oficial do Estado.

O Pólo Sudoeste Paulista abrange 29 municípios, que têm como principal característica a diversidade agropecuária, conforme levantamento da equipe técnica responsável pela implantação do projeto, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão também pertencente à Secretaria da Agricultura. Será a terceira unidade a entrar em operação no Estado de São Paulo.

O primeiro desses pólos, o Médio Paranapanema, sediado em Assis, foi inaugurado em abril último. O Pólo Leste Paulista foi implantado pela Apta no começo de agosto, com sua sede em Monte Alegre do Sul. A intenção da agência é que 15 pólos estejam em funcionamento até o final do ano.

A região que compreende o Pólo do Sudoeste Paulista é uma das mais carentes do Estado e tem sua base econômica altamente dependente da atividade agropecuária, com quase 24% da população instalada no meio rural, proporção superior à média estadual, próximo de 7%.
Os municípios envolvidos no pólo são: Alambari, Angatuba, Barão de Antonina, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cesário Lange, Coronel Macedo, Guapiara, Guareí, Itaberá, Itaí, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Pilar do Sul, Quadra, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, São Miguel Arcanjo, Sarapuí, Taquarituba, Taquarivaí e Tatuí.

A política de implantação dos Pólos Regionais conta com o apoio dos laboratórios de pesquisas e prestação de serviços da Apta, que reúnem seis Institutos de Pesquisas da SAA: Instituto Agronômico (IAC), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto Biológico (IB).

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (Adaesp) e a Coordenadoria de Desenvolvimento do Agronegócio (Codeagro) também integram o projeto, funcionando como verdadeira rede de informações na difusão e captação das demandas regionais.

Região carente

Os trabalhos desenvolvidos no novo Pólo levarão em conta a produção diversificada da região. Há nos municípios desde produtos de clima temperado e sub-tropical (pêssego, ameixa, nectarina, uva e citros) até a produção de alimentos básicos (feijão e milho). A região também se destaca pela criação de pequenos animais (aves, suínos, ovinos e caprinos).

De acordo com o estudo do IEA, as culturas que geraram maior valor de produção na região na safra do ano passado foram a batata, com 17,26% da receita, a carne bovina (14,26%), o feijão (13,83%) e o milho (11,5%). Essas culturas responderam por mais da metade da produção, com 56,86% de seu valor total.

O total da produção agropecuária do Pólo Sudoeste Paulista, considerando os 46 principais produtos do Estado, foi de R$ 1 bilhão no ano passado. Prevalecem nos municípios da região as pequenas propriedades, de até 50 hectares.

O novo pólo apresenta ainda grande potencial na área de reflorestamento com pinus (madeira e resina) e eucalipto. As floradas dessas espécies e as matas naturais favorecem também a exploração da apicultura. Outro potencial da região é o cultivo de cereais de inverno (trigo, cevada, entre outros), que podem ocupar grandes áreas ociosas durante a estação fria do ano.

Já a fruticultura, a horticultura e a floricultura, conforme o estudo do IEA, podem contribuir para alavancar o desenvolvimento regional, melhorando a renda dos produtores e trazendo benefícios de ordem social.

Da Agência Imprensa Oficial
e Assessoria de Imprensa da Secretaria da Agricultura