Especial: Cosesp tem o maior lucro em sua história

Número superou a marca de R$ 35 milhões em 2001

sex, 22/02/2002 - 9h20 | Do Portal do Governo

A Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (Cosesp) teve em 2001 o maior lucro em mais de 30 anos. A empresa lucrou R$ 35,08 milhões em 2001 ante R$ 17,7 milhões verificados no ano de 2000, aumento recorde de 97,6%. A Cosesp também apresentou o menor índice de sinistralidade 44,1% ante as outras seguradoras.

O Patrimônio Líquido da empresa passou de R$ 82,01 milhões para R$ 110,9 milhões, com elevação de 35,3%. A rentabilidade do PL médio em 2001 foi de 36,4% ante 22,2% em 2000. O resultado financeiro teve alta de 93,1% em um ano, passando de R$ 12,9 milhões em 2000 para R$ 25,09 milhões em 2001.

Os prêmios ganhos tiveram aumento de 18,6%, passando de R$ 332,6 milhões em 200 para R$ 394,6 milhões em 2001. Os sinistros retidos mantiveram-se praticamente estáveis, com crescimento de apenas 2,1%. As despesas administrativas sofreram queda de 1,2%, passando de R$ 32,3 milhões para R$ 32,01 milhões.

Mudança estratégica gerou o maior lucro da empresa em
trinta anos

Foco no resultado e aumento nos ganhos dos acionistas. Essa foi a estratégia da Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (Cosesp) para atingir o crescimento recorde de 97,6% no ano passado. A empresa registrou lucro de R$ 35,08 milhões em 2001 ante R$ 17,7 milhões verificados no ano de 2000. Segundo o diretor presidente da empresa, Edson Tomaz de Lima Filho, ‘é um dos resultados recorde na história de mais de 30 anos da companhia’.

A adoção de medidas preventivas na seleção e avaliação na aceitação dos riscos, foram os principais fatores que levaram à melhoria dos resultados da companhia. O índice de sinistralidade da Cosesp ficou em 44,1% ante 66% do mercado. As despesas administrativas caíram de R$ 32,3 milhões para R$ 32,01 milhões, com queda de 1,2%.

Os prêmios ganhos em 2001 foram de R$ 394,6 milhões ante R$ 332,6 milhões no ano anterior, com taxa de crescimento de 18,6%. Os sinistros retidos cresceram apenas 2,1%, mantendo-se praticamente estáveis, enquanto as despesas administrativas caíram de R$ 32,3 milhões para R$ 32,01 milhões, queda de 1,2%.

O Patrimônio Líquido da empresa passou de R$ 82,01 milhões para R$ 110,9 milhões, com elevação de 35,3%. A rentabilidade do PL médio em 2001 foi de 36,4% ante 22,2% em 2000. O resultado financeiro teve alta de 93,1% em um ano, passando de R$ 12,9 milhões em 2000 para R$ 25,09 milhões em 2001.

A Cosesp possui cerca de 1,5 milhão de clientes assegurados na carteira vida. Esse segmento corresponde a 70% da receita da companhia. Os maiores clientes da carteira Vida são Banespa, com 4 apólices coletivas de vida e um milhão e 50 mil assegurados, a Nossa Caixa com 270 mil e a Polícia Militar do Estado com 120 mil assegurados.

Na carteira Vida, os principais seguros são de vida e invalidez. A Cosesp não pretende, no momento, abrir a modalidade de seguro anti-seqüestro, porque este tipo de seguro existe somente com seguradoras internacionais , porque existe um questionamento legal, há juizes que consideram ele legal e pode ser comercializado e outros não.

A empresa também pretende lançar dois novos produtos: Previdência Privada e uma nova modalidade de seguro rural, que segundo Tomaz, ‘depende da aprovação do Projeto que está em tramitação em Brasília.’

Seguro rural

Segundo Tomaz, ‘o compromisso social da Cosesp é o seguro rural.’ A empresa é pioneira neste segmento. Contudo, a arrecadação da Cosesp, com esse tipo de carteira, é de somente 5%. Mas, mesmo assim é a maior empresa de seguro rural do Brasil em arrecadação de prêmios.

O seguro rural não evoluiu potencialmente no Brasil, como ocorre nos Estados Unidos e Europa. Sua principal característica é a necessidade de subsídios governamentais. Tomaz defendeu a idéia de mudanças na legislação para facilitar, para que as empresas consigam vender o seguro rural. ‘Se ele não está subsidiado pelo governo federal, as particulares não entram e as estatais entram, mas de forma mais contida.

‘Entre os seguros desta categoria, estão o seguro de animais, o floresta, o agrícola, o confinamento, porteira fechada, penhor rural e seguro moradia rural. Em 2000, a empresa pagou, por meio do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural, cerca de R$ 130 milhões a agricultores de São Paulo e do Paraná que tiveram problemas com a geada. O pagamento foi o maior da história da companhia. Tomaz declarou que ‘o seguro rural é o mais social de todos os seguros porque fixa o homem no campo.’

Mercado em crescimento

A estabilidade da economia gerou aumento na procura por seguros. O mercado brasileiro de seguros movimenta cerca de 2,5% do PIB, enquanto a média na América Latina é de 6%. Para Tomaz, ‘o Brasil tem condições de melhorar essa marca, porém, o brasileiro considera o seguro como algo supérfluo.’

Raio X da empresa

Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (Cosesp)
Número de funcionários: 362
Principais clientes: clientes do Banespa, Nossa Caixa, policiais militares e civis do Estado de São Paulo e mutuários do CDHU
Estados atendidos no setor rural: São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais
Lucro em 2001: R$ 35,08 milhões
Prêmios ganhos: R$ 394,6 milhões
Modalidade: empresa controlada pelo governo do Estado de São Paulo
Número de clientes assegurados na carteira vida: 1,5 milhão

Maria Lúcia Zanelli

Agência de Produção Editorial da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo