A qualidade da água que a população recebe em suas torneiras vai passar por novos níveis de controle. Essa a missão de um grupo de trabalho criado pela Diretoria Técnica do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), da Secretaria da Saúde, por intermédio da portaria CVS 12, publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, dia 25.
O grupo vai atuar na adequação da Portaria federal 1.469/2000, que acrescenta novos parâmetros, abrangência e conceitos para o controle da qualidade da água e grau de potabilidade.
Composto por funcionários da Vigilância Sanitária, provenientes de regionais e distritos do Estado, a comissão terá 60 dias para discutir e concluir as alterações. Alguns dos assuntos a serem debatidos são a proliferação de algas nas represas e a ocupação irregular dos mananciais, que podem prejudicar a qualidade da água bruta.
Composição e doenças
Os principais componentes de matéria orgânica encontrados na água são proteínas, aminoácidos, carboidratos, gorduras, além de uréia, algas e fenóis. Os microorganismos desempenham funções de fundamental importância para a qualidade das águas.
A presença de agentes patogênicos, principalmente bactérias, protozoários e vírus pode ocasionar a transmissão de doenças. Os coliformes são substâncias presentes em grandes quantidades nas fezes do ser humano e dos animais de sangue quente. Nas águas para abastecimento, o limite legalmente tolerável é de 4 mil coliformes fecais em 100 ml de água.
As principais doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada são cólera, disenteria amebiana e bacilar, febre tifóide e paratifóide, gastroenterite, giardise, hepatite infecciosa, leptospirose, paralisia infantil e salmonelose.
O contato com água contaminada pode ocasionar escabiose (conhecida como sarna), tracoma (mais freqüente nas zonas rurais), verminoses e esquistossomose. E, por meio de insetos, que se desenvolvem na água, o ser humano pode contrair a dengue, febre amarela, filariose e malária.
Água testada e aprovadaViviane Santos
Da Agência Imprensa Oficial
