Conteúdo da disciplina será elaborado com a participação de representantes de várias instituições religiosas
São Paulo – A partir de 2002, as escolas públicas da rede estadual terão o Ensino Religioso como disciplina obrigatória. A proposta do Poder Legislativo, aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais no final do ano passado, foi divulgada nesta quinta-feira, dia 16, pelo governador Geraldo Alckmin. Ele se reuniu hoje com o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Humes; o presidente regional da CNBB, Dom Fernando Figueiredo; e a secretária da Educação, Rose Neubauer, na sede regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em São Paulo.
Segundo Alckmin, a inclusão desta disciplina foi um assunto analisado e discutido entre vários segmentos da sociedade e, posteriormente aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado. O projeto de lei regulamenta o Ensino Religioso de caráter não-confessional, isto é que não privilegia nenhum credo religioso. ‘A disciplina trata de valores humanos e universais, princípios fundamentais para a existência humana’, explicou Alckmin.
O conteúdo das aulas será elaborado nos próximos meses com a participação de representantes de várias instituições religiosas. De acordo com Dom Fernando, o ensino religioso é algo essencial para a formação integral da juventude. ‘A CNBB vai colaborar com a elaboração do conteúdo junto com outras denominações religiosas’, informou.
Segundo a secretária Rose Neubauer, ficou definida a inclusão do Ensino Religioso a partir do próximo ano letivo. ‘O objetivo é a formação de uma sociedade mais humana voltada para o espírito de solidariedade’, disse a secretária.
Gláucia Basile
Foto – Governador Geraldo Alckmin e o presidente regional da CNBB, Dom Fernando Figueiredo