Escolas estaduais da Zona Sul são beneficiadas com o programa Padarias Artesanais

nd

sáb, 21/05/2005 - 21h15 | Do Portal do Governo

A presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, implantou neste sábado, dia 21, o programa Padarias Artesanais em mais 96 escolas estaduais da Zona Sul da Capital, integrantes do programa Escola da Família. São unidades de ensino que abrem as portas nos fins de semana para a prática de atividades culturais, esportivas e de lazer. Com isso, já são 221 escolas na Zona Sul equipadas com os kits. Até hoje foram capacitadas mais de quatro mil unidades de ensino em todo o Estado. O objetivo é levar o programa para toda a rede estadual.

Durante o evento, realizado na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, em Parelheiros, a presidente do Fussesp acompanhada do Secretário Adjunto da Educação, Paulo Barbosa, assistiram a apresentação da Fanfarra Solidária Paulino & Cattony e do grupo de dança Afromix. Depois, visitaram a Padaria Artesanal, instalada na cozinha da escola anfitriã, e aproveitaram a oportunidade para conferir os resultados das diversas atividades desenvolvidas por participantes do Programa Escola da Família.

Para Lu Alckmin, além de capacitar, gerar renda e emprego, a instalação da Padaria Artesanal nas unidades de ensino visa aproximar a comunidade do convívio escolar, o que os leva a valorizar o patrimônio público, evitando a violência e a entrada de drogas nas escolas.

Confiança, Força de Vontade e Cidadania

Helena Hammel, uma das capacitadoras da Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, contou que adora cozinhar e ensinar receitas novas. ‘No curso que fiz no Fundo Social aprendi novas técnicas e maneiras de fazer pães’, disse Helena, que já capacitou mais de 30 pessoas. ‘É gostoso ver a força de vontade delas em querer aprender. Querem ter seu próprio pãozinho na mesa’, afirma orgulhosa e complementa dizendo que há poucas padarias na comunidade.

Valdete Ferreira da Silva, voluntária na EE Professor Bento Pereira da Rocha, trabalhava como condutora de perua escolar quando soube do curso de panificação artesanal. Interessada, foi fazer o curso de capacitação.Logo em seguida, seu carro quebrou. Foi quando ela passou a fazer e vender pães, e no período de um mês conseguiu o valor de R$800 reais. ‘Era exatamente o que precisava para arrumar o carro’, disse emocionada.

Já a gestora da Escola Estadual Adolfo Casais, Monica Vieira, disse que as pessoas que procuram a capacitação vão em busca de uma alimentação mais nutritiva, quando descobrem uma nova opção para aumentar a arenda familiar. De acordo com Mônica ‘Muitas vezes a receita que é ensinada na oficina de pães serve como base e as pessoas acabam adaptando à sua realidade’.

Além disso, o Programa Padaria Artesanal também ensina noções de higiene e saúde ao manusear os alimentos. Neusa Pena Santana, voluntária no Programa Escola da Família, contou que ao fazer o curso passou a prestar mais atenção no manuseio dos alimentos e diz que agora ensina os filhos a fazerem o mesmo.

Programa de Capacitação, Geração de Renda e Emprego

O projeto de Padarias Artesanais faz parte do Programa de Capacitação, Geração de Emprego e Renda do Fundo Social de Solidariedade. Consiste na produção de pães por processos caseiros, sem a utilização de equipamentos especiais ou conservantes. Os kits de padaria, compostos por forno, botijão de gás, batedeira, liqüidificador, balança e assadeiras, são captados pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo junto à iniciativa privada e distribuídos gratuitamente a entidades e associações cadastradas, Fundos Municipais de Solidariedade e escolas. Cada kit custa, em média, de R$ 800 a R$ 1.200,00 dependendo da negociação do parceiro.

Iniciado a três anos, o Programa de Padarias Artesanais já implantou cerca de 7 mil unidades em todo o Estado, em cerca de 1.900 entidades sociais da Capital cadastradas no Fussesp, favelas e nos 645 municípios do Estado.

O Fundo Social, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, capacita, em sua sede, os agentes multiplicadores, que têm o compromisso de repassar em suas comunidades as técnicas de panificação, além de noções de saúde, higiene, ética e cidadania. Desde o início do programa, mais de 14 mil pessoas foram capacitadas.

Christiane Rocha