Entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após inauguração de trecho da Rodovia Fernão Dias

Final

qui, 11/10/2001 - 17h02 | Do Portal do Governo

Final

Fernão Dias / Pedágio

Repórter: Tem alguma previsão de pedágios na estrada?

Alckmin: : É uma Rodovia Federal, uma BR, então quem pode responder é o Ministério dos Transportes sobre o destino da rodovia, se pretende fazer concessão ou não.

Repórter: Quanto o Governo do Estado já investiu?

Alckmin: : A obra estava parada. Ela foi retomada para terminar até o final do ano, toda a segunda pista, não ter mais uma pista só, e os três trevos que faltavam com as marginais. Isso tudo deve custar R$ 26 milhões e 25% disso, se eu estou bom de conta, R$ 6,5 milhões que cabem ao Estado. Quanto deve custar o recapeamento e as obras complementares? Vocês viram que tem morro que precisa ser protegido, encosta que precisa de obra de contenção, uma série de obras. O total deve ficar em um pouco mais de R$ 26 milhões, deve ficar em torno de R$ 28 milhões e o Estado vai se responsabilizar por 25% desse total.

Casa de Detenção

Repórter: O senhor pretende seguir a indicação do presidente Fernando Henrique, que falou sobre data de implosão do Carandiru para abril e já começar a transferência dos presos em dezembro?

Alckmin: : Não. Não há nenhuma hipótese de se transferir presos em dezembro. As onze penitenciárias estão em construção e abrem aproximadamente 8.400 vagas. O Carandiru tem 7.480 presos, vai dar para abrigar todos os presos da Casa de Detenção e sobrar 900 vagas para aliviarmos distritos policiais. Elas começam a ficar prontas a partir de janeiro e precisam ser equipadas e à medida que vão ficando prontas começa a transferência. Acho que vai ser uma das maiores transferências do mundo. Concluída a transferência, aí faz a implosão. O que nós estamos fazendo agora é detalhar o projeto executivo. A retirada da Casa de Detenção deve abrir ali no Carandiru uma área de 230 mil m², ou seja, 23 hectares de área de uso comum para a população, um parque na Zona Norte de São Paulo. Esse projeto está sendo detalhado pela Emplasa para a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica. Agora, se você imaginar que todos os presos saem em abril, é nessa época que nós vamos preparar a implosão. O importante é o seguinte: a Casa de Detenção é um queijo suíço, o prédio está em péssimas condições. Para se ter uma idéia, a cozinha está interditada já há um bom tempo pela vigilância sanitária e nós estamos comprando a ‘quentinha’. O que significa que nós vamos fazer uma boa economia nas novas penitenciárias, pois os presos vão cozinhar. Do complexo do Carandiru, vai ficar a penitenciária que está em bom estado, que é um prédio tombado pelo Condephaat que tem grande valor histórico. A primeira lógica da desativação da Detenção chama-se segurança. Não tem a segurança devida uma Casa de Detenção com 7.500 presos. Então, você vai ter penitenciária com, no máximo, 768 presos. Aliás, o Governo Federal não quer que daqui para frente passe de 500 o número de presos por penitenciária. Nós ainda vamos manter esse número de 768, com segurança e trabalho para os presos.

Metrô

Repórter: O senhor recebeu do secretário Jurandir Fernandes o projeto da Linha F da CPTM, que vai do Brás até o aeroporto de Guarulhos?

Alckmin: : Hoje de manhã eu tive uma conversa com o secretário de Transportes Metropolitanos. Nós conversamos sobre a Linha 5 do Metrô que é de Capão Redondo até o Largo 13, que está em obras, começa agora a colocar os trilhos, é uma nova Linha de Metrô. Faz cerca de 20 anos que São Paulo só estende linhas de Metrô, não começa nenhuma linha nova. Essa linha deve transportar 400 mil passageiros por dia. Nós conversamos também sobre a integração Centro, que vai dar uma grande ganho para a população que vai poder sair do trem para o Metrô sem pagar nada e os novos trens. Teremos boas notícias dentro de 15 dias aproximadamente. Essa linha de Guarulhos, nós marcamos a semana que vem para conversar.

Repórter: Existe um projeto da CPTM e eles pretendem até o final do ano abrir uma licitação para a construção desse trecho. Já existe alguma coisa nesse sentido, vai passar para o PED?

Alckmin: : Não precisa passar pelo PED porque não é concessão. O que precisa é viabilizar os recursos. Vamos conversar com o secretário, com o presidente da CPTM, vamos avaliar custos. O que estamos tocando rapidamente é estender o Metrô. Nós temos pouco metrô em São Paulo para o tamanho da cidade. Nós entregaremos mais uma linha de Metrô no ano que vem e temos duas em fase final de assinatura de contrato que é a do BIRD, do Banco Mundial, a Linha 4 (luz até a Vila Sônia). E em fase menos madura, o prolongamento da Linha 5. Também temos o prolongamento da Linha 2. No caso dos trens nós temos 270 quilômetros de ferrovia, o que precisa ser feito é recuperar o transporte ferroviário sub-trilho, com segurança, trens novos, recuperação de malha ferroviária e reforma de estação.