Foi realizado ontem, dia 13, o seminário ‘Saúde Ocupacional no Transporte Metropolitano’ no Centro de Controle Operacional da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O evento, organizado pela Gerência de Recursos Humanos, contou com a palestra de especialistas de várias áreas para discutir o assunto.
Na exposição ‘A evolução do sistema de transporte’, Laurindo Junqueira da ANTP chamou a atenção para a necessidade das empresas de encarar os motoristas como parceiros. Nesse sentido é preciso contribuir para o seu aprimoramento. ‘Os motoristas deverão ter a capacidade de lidar com as novas tecnologias do transporte’, disse Junqueira.
A engenheira Silvana Zuccolotto, também representando a ANTP, falou sobre ‘As múltiplas competências necessárias para o atendimento ao cliente de transporte coletivo’ e relatou as dificuldades que um profissional desta área enfrenta para prestar um bom serviço, como por exemplo um agente operacional do Metrô. ‘Eles exercem várias funções ao mesmo tempo: são educadores, agentes de marketing, de mobilidade, de cidadania e de segurança pública’. Na sua opinião, o treinamento desse profissional deve considerar a complexidade das suas atividades. ‘Eles são fontes importantes de informação’, complementa a engenheira.
Diante da importância dos operadores para o transporte metropolitano, é preciso que se pense seriamente na saúde desses profissionais, principalmente dos motoristas que sofrem com doenças provocadas pelas más condições de trabalho, como longas jornadas, condições dos veículos e situações de conflitos. Este é o alerta da consultora Letícia Costa da Fundação Seade, importante centro nacional de pesquisas, análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas.
A consultora apresentou pesquisa realizada nas Regiões Metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte e sugeriu medidas que podem melhorar as condições de trabalho dos operadores como o maior cuidado na conservação dos veículos e pausas mais longas durante a jornada.
O Consórcio Metra, empresa que opera o Corredor Metropolitano São Mateus Jabaquara, mostrou no evento uma política voltada para a valorização e saúde do empregado, o que reflete na sua qualidade de vida e, consequentemente, na sua produtividade, conforme a exposição da Coordenadora de Recursos Humanos, Cristina Marchesano.
A empresa organiza comitês de empregados para discutir e buscar soluções para os problemas; propicia cursos profissionalizantes, de liderança, além de treinamentos nas áreas de fiscalização, manutenção e atendimento ao cliente; disponibiliza locais na garagem para lazer e descanso, promove campanhas de saúde e gincanas para a qualidade de vida.
No encontro, os especialistas concluíram que ações voltadas para a saúde ocupacional dos empregados do setor refletem diretamente na qualidade de vida dos profissionais, no nível do serviço prestado e na imagem dos gestores e operadores do transporte metropolitano.
Assessoria de Imprensa da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos
(AM)