EMTU: Apresentado projeto do corredor de ônibus para prefeituras da Região de Campinas

Corredor viário/transportes terá 37 km de extensão e interligará cinco municípios da Região

sex, 08/08/2003 - 20h36 | Do Portal do Governo

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, está realizando uma série de reuniões com as prefeituras dos cinco municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que serão contemplados pelo Corredor Metropolitano Noroeste. Nesta quinta e sexta-feira, dias 6 e 7, a EMTU apresentou o projeto para as prefeituras de Americana e de Campinas, além de discutir detalhes sobre a assinatura de convênios visando a cessão da área para a construção de terminais nas duas cidades. Os encontros com as prefeituras de Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia deverão acontecer até o final de agosto.

Com 37 km de extensão, o corredor beneficiará 1,750 milhão de habitantes. Sua implantação tem como objetivos principais priorizar o transporte coletivo na Região Metropolitana de Campinas e estabelecer uma ligação viária urbana/metropolitana de boa capacidade entre cinco os municípios que concentram cerca de 80% da demanda metropolitana. A implantação do projeto também permitirá a reestruturação do sistema de transporte coletivo regional e estimulará o processo de metropolização da Região.

‘As cidades não podem se comunicar somente por meio de rodovias. Ao estabelecer uma ligação viária urbana/metropolitana, o novo Corredor possibilitará a redução dos conflitos entre os fluxos de veículos rodoviários e urbanos metropolitanos, o que deverá também diminuir o número de acidentes’, afirma Joaquim Lopes, presidente da EMTU. O corredor terá três faixas por sentido e capacidade para 3.500 veículos por hora/sentido.

O custo estimado para implantação do corredor é de R$ 105 milhões, dos quais R$ 80 milhões são referentes às obras civis (obras viárias e construção de cinco terminais) e R$ 25 milhões ao material rodante (ônibus). Os recursos serão provenientes do Governo do Estado de São Paulo, por meio de financiamento do Banco Mundial (Bird) ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da iniciativa privada. ‘Estamos tentando também obter recursos do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades’, informa o presidente da EMTU.

No momento, estão sendo elaborados o projeto funcional e o estudo de viabilidade econômica do Corredor. Também encontra-se em andamento um estudo que definirá o modelo de concessão para participação da iniciativa privada. O próximo passo será a elaboração do projeto executivo (mais detalhado) do corredor.

A escolha do traçado do novo corredor, que inclui a faixa de alta tensão da Rede Ferroviária Federal e da Ferroban, levou em consideração aspectos que tornam mais viável a implantação do projeto, como o fato da área exigir um número mínimo de desapropriação e estar localizado entre 500 metros e 800 metros das regiões centrais dos municípios contemplados. Além disso, o traçado é praticamente retilíneo, com topografia suave, e não causará problemas de impacto ambiental.

Sivim

O Corredor Noroeste é um dos corredores propostos a partir de um diagnóstico realizado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Coordenado pela EMTU, esse trabalho resultou no Sistema Viário Metropolitano (Sivim), um mapa com as vias compartilhadas pelas 19 cidades da RMC e reconhecidas como de caráter e interesse metropolitanos. Na RMC, foram detectados 1,1 mil quilômetros de vias metropolitanas. O sistema traz também informações sobre os pontos críticos do sistema viário da região, apontado as intervenções necessárias para a melhoria do tráfego e do transporte coletivo.

Em meados de julho, a EMTU iniciou uma série de reuniões com os órgãos ligados ao transporte, trânsito, planejamento e obras dos 19 municípios da Região. Até agora, foram realizados nove encontros e a previsão é que essa etapa do projeto esteja concluída até dia 10 de setembro.

Essas reuniões têm como objetivo comparar os dados do Sivim com os obtidos pelas prefeituras, considerando ainda o Plano Diretor e os projetos de cada município. Após a consolidação dos dados, deverá ser encaminhada minuta de Projeto de Lei definindo as principais vias de interesse metropolitano da RMC. A transformação do Sivim em lei facilitará as definições de prioridades de investimentos e obras para a infra-estrutura do transporte e trânsito.

Extensão do Corredor Metropolitano Noroeste em cada município

Município

Extensão (km)

Americana

3,00

Nova Odessa

5,60

Sumaré

8,30

Hortolândia

10,10

Campinas

10,00

Total

37,00