Emprego: Banco do Povo Paulista chega às cidades de Boituva e Iperó

Programa de financiamento para micronegócios deve beneficiar 250 cidades do Estado até o final do ano

ter, 02/07/2002 - 18h04 | Do Portal do Governo

Financiamentos para micronegócios com o menor juro do mercado chega às pequenas cidades

Às margens da Rodovia Castelo Branco, a pouco mais de cem
quilômetros da capital, estão Iperó e Boituva, batizadas pelos
tupi-guaranis, numa referência à água em abundância que banha a cidade de Iperó (águas profundas e revoltas), e Boituva (o campo das cobras), hoje conhecida mais pelo Centro Nacional de pára-quedismo e eventos que reúnem balonistas, que apontam para sua vocação turística.

Se existe a preocupação em preservar a história das duas cidades
vizinhas, que remonta o ano de 1700, há também grande expectativa da
população com relação ao futuro e às oportunidades que poderão ser
criadas com a chegada do Banco do Povo Paulista, na última semana.

Até o momento, a rede de 200 unidades do Banco do Povo Paulista
emprestaram mais de R$ 51 milhões pulverizados em cerca de 22 mil
contratos, cujos valores ficam entre R$ 200 e R$ 5 mil. ‘Não é pouca
coisa quando se pensa na transformação que tem desencadeado na vida das pessoas’, enfatiza Fernando Leça, secretário do Emprego e Relações do Trabalho (Sert). ‘O microempreendedor encontra neste momento três acessos difíceis: o acesso à modernidade, o acesso ao crédito e ao mercado’, disse o secretário. ‘E nós temos de ser capazes de criar esse acesso’, afirmou.

A linha de crédito do Banco do Povo Paulista é dirigida à
população de baixa renda que trabalha na formalidade ou na
informalidade, sem acesso a financiamentos da rede bancária
tradicional. ‘Não há cobrança de taxa, nem precisa ter conta em banco para obter financiamento do Banco do Povo Paulista’, explica Leça.

O banco popular do Estado de São Paulo atende às mais variadas
finalidades: da compra de um cavalo para serviço de carreto ou de
equipamento que viabilize a coleta de lixo reciclável. Sempre com taxa de juro de 1% ao mês e prazo de pagamento que varia de seis a dezoito meses. ‘Apoiamos a informalidade não para eternizá-la, mas porque entendemos que assim ela deve migrar para formalidade’, explica o secretário. Segundo a Sert, 77% dos clientes do Banco do Povo Paulista têm atividades informais. ‘A globalização é inexorável e temos de conviver com ela’.

De acordo com os planos da Sert, até o final deste ano, 250
cidades do Estado estarão sendo atendidas pelo Banco do Povo Paulista.

Da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho