Os cursos de pós-graduação da USP tiveram a melhor avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no triênio 2001/2003 entre universidades de todo o País. A maior parte dos cursos de excelência está nas universidades públicas (federais e estaduais), enquanto as particulares são responsáveis por apenas seis dos 61 planos de mestrado e doutorado que receberam a nota máxima (7). A USP tem 32,7% (20) dos programas de excelência de todo Brasil. O segundo lugar ficou com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com oito cursos que obtiveram avaliação máxima.
A Unicamp ficou em terceiro, empatada com a Universidade Federal de Minas, ambas com seis cursos de excelência.
De acordo com a pesquisa, entre os programas analisados no triênio, 11% obtiveram conceitos 6 ou 7. Para se conseguir essa pontuação, deve-se oferecer o doutorado. Para os que só dispõem de mestrado, a maior nota é cinco. Foram avaliados 1.819 programas de pós-graduação e cada um pode originar três diferentes cursos – mestrado, doutorado e mestrado profissional. Foram analisados pela Capes 1.020 cursos de doutorado, 1.726 de mestrado e 115 de mestrado profissional.
Radiografia regional – Os números da pós-graduação nacional contemplam oito grandes áreas do conhecimento humano: Ciências humanas, da saúde, sociais aplicadas, agrárias, exatas e da Terra, e biológicas; Engenharias; e Lingüística, Letras e Artes. A oferta do pós-graduação atende a um universo de 112 mil alunos pesquisadores, sendo 72 mil mestrandos e 40 mil doutorandos.
A Região Sudeste concentra 90% dos melhores programas de pós-graduação do País. O Sul tem quatro cursos de excelência, todos no Rio Grande do Sul: três na UFGRS e um na Escola Superior de Teologia. A Região Norte não classificou nenhum no grupo dos melhores. O Centro-Oeste tem apenas um curso no Distrito Federal e o Nordeste só um programa entre os melhores, em Pernambuco. Ambos em universidades federias (UnB e UFPE).
Reprovados – Dos cursos avaliados, 55 obtiveram pontuação 1 e 2 – 3% do total com índice menor que o do triênio anterior, que foi de 4,1%. Projetos com esses conceitos são excluídos do sistema nacional de pós-graduação e não recebem apoio da Capes. As universidades têm 30 dias para enviar recurso à instituição, que terá um mês para responder. A coordenação não tornou pública a lista dos cursos reprovados, porque as universidades não tiveram oportunidade de se defender. A divulgação só será feita depois de analisados os recursos. Caso o conceito do curso não mude, a instituição não poderá fazer processos seletivos, mas o aluno terá direito a concluir o curso e receber o diploma.
Da Agência Imprensa Oficial
