Educação: Unicamp sedia encontro de NanoEngenharia

Seminário discute os avanços da engenharia na escala nanométrica

qui, 02/10/2003 - 10h42 | Do Portal do Governo

Da Agência de Notícias da Unicamp
Por Manuel Alves Filho

– A Unicamp encerra nesta sexta-feira, dia 3, o Simpósio Internacional de NanoEngenharia. O evento está sendo realizado no Centro de Convenções da Universidade, reúne aproximadamente 220 autores nacionais e estrangeiros, que abordarão em seus trabalhos temas relacionados ao avanço das fronteiras da engenharia na produção de materiais e equipamentos em escala nanométrica, que equivale ao bilionésimo do metro.

O encontro, aberto a pesquisadores, estudantes e empresários, será uma oportunidade única para a troca de experiências na área, como destaca Vitor Baranauskas, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) da Unicamp e coordenador do Simpósio.

De acordo com Baranauskas, o evento despertou um grande interesse
internacional e conta com a participação de delegações dos Estados Unidos, Alemanha, Israel, Porto Rico, Lituânia, Inglaterra e Nigéria. O professor da FEEC conta que a repercussão do encontro tem sido tão positiva, que duas editoras estrangeiras já se ofereceram para publicar o livro que sairá do Simpósio.

“Também surgiram propostas para que o evento seja repetido, em data
ainda a ser definida, na China ou nos Estados Unidos”, revela. A nanoengenharia, conforme Baranauskas, tem por objetivo a integração
das fronteiras da nanociência e da nanotecnologia para criar novos
produtos.

Ou seja, ela se vale das técnicas e conhecimentos gerados
pelas outras duas áreas para conceber algo tangível, como um material ou equipamento. Só para se ter uma idéia do que a nanoengenharia é capaz de desenvolver, tome-se como exemplo um procedimento da área da saúde. Nos Estados Unidos, a medicina já lança mão de sensores namométricos presentes numa pílula.

A pequena cápsula, depois de ingerida, percorre todo o organismo do
paciente e promove uma série de análises clínicas, podendo inclusive gerar imagens. Esses dados são transmitidos para um equipamento preso à cintura da pessoa.

Depois, as informações são encaminhadas ao médico, que terá na tela do computador um diagnóstico preciso sobre a situação do seu paciente. Com isso, é possível identificar, entre outras coisas, uma célula inicial na qual viria a se instalar um tumor.

O evento conta com o apoio da Fapesp, Capes, CNPq, Agência Espacial Brasileira, Istec, HP Invent e Unicamp.
Mais informações podem ser obtidas no site www.unicamp.br

V.C.