Educação: Um Memorial para a educação de São Paulo

nd

ter, 12/03/2002 - 20h40 | Do Portal do Governo

O Centro de Referência em Educação Mário Covas abriga o Memorial da Educação Paulista, que registra a história do ensino no País, por meio de diversas exposições temáticas.

O Memorial terá três grandes pilares: uma exposição temporária, itinerante; incentivo a formação dos Centros Regionais de Memória, dentro da política da Secretaria de descentralização; e um museu virtual, com fotos e informações sobre as escolas mais antigas da rede e ainda ensinará os interessados a montar seus pólos regionais e exposições.

O tema da primeira exposição é ‘A Escola e o Saber: trajetória de uma relação’, um panorama da escola pública paulista, do papel do professor e das práticas de leitura de 1889 a 2001.

Viajando por mais de 100 anos de história da Educação, a exposição ilustra o processo de formação e desenvolvimento da rede estadual de ensino. A trajetória do ensino é apresentada em mobiliários, livros, objetos e material didático.

Ao visitar o Memorial, os educadores poderão conhecer uma coleção de cartilhas, como a ‘Método Castilho’, publicação portuguesa de 1853, ‘Maternal João de Deus’, de 1876, passando pelas cartilhas do ‘Povo’, ‘Sodré’ e ‘Caminho Suave’, das décadas de 30 e 40, entre outras. No campo literário estão expostas raridades como as publicações de Monteiro Lobato, ‘Narizinho Arrebitado’, de 1920, e ‘Jeca Tatuzinho’, de 1924, bem como o livro de Hans Andersen, ‘Patinho Feio’, de 1915.

Destaque também para a edição de 1879 do livro ‘Os Lusíadas’, publicada pelo professor Abílio Cesar Borges e destinada ao uso escolar, com cortes dos textos que não deveriam ser lidos pelos alunos. Merece atenção alguns objetos do acervo da Escola Estadual Caetano de Campos, como o mobiliário da Biblioteca Infantil, a primeira do País, e um livro manuscrito com vários textos e diversas caligrafias, destinado ao treinamento de leitura cursiva dos alunos.

Há ainda um ‘cineminha’ de imbuia utilizado como recurso pedagógico no começo do século XX, uma palmatória (objeto de castigo do ano de 1900), um ábaco, livros de matrículas e notas dos alunos da Escola Caetano de Campos, um quadro da indústria Fritz Johansen, que reproduz as etapas da fabricação do lápis.

Estão expostas também diversas canetas do colecionador Sebastião Martins Vieira, desde as canetas de madeira e bico de pena de metal, utilizadas tradicionalmente por estudantes das primeiras décadas do século XX, até as canetas mais sofisticadas em madrepérola e rendadas com ouro, assim como uma série de outros artigos que contam a história da educação paulista.

Além disso, painéis artísticos mostram fotos de escolas antigas e novas e seus estudantes, formando uma linha do tempo, com os principais acontecimentos que revolucionaram a Educação na rede pública.