A Secretaria de Estado da Educação realiza workshops com 40 educadores de oito escolas da Capital para discutir educação inclusiva e encorajar experiências nas práticas de sala de aula. Organizado pelo Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), órgão da SEE, o evento é realizado em comemoração aos 10 anos da Declaração de Salamanca. A programação faz parte do Projeto Necessidades Especiais em Sala de Aula, organizado pela SEE/CAPE em conjunto com o British Council (Universidade de Manchester).
Até sexta-feira, dia 30, os educadores participarão de oficinas ministradas pelo Prof. Mel Ainscow – docente da Universidade de Manchester, Inglaterra, e membro da equipe internacional de consultores da Unesco para o assunto – com o objetivo de compor grupos para fortalecimento das discussões e idéias sobre escola inclusiva.
Para finalizar o evento, uma mesa redonda, a ser realizada no Teatro Fernando de Azevedo, na Secretaria de Educação, dia 30, às 9h30, irá debater o tema “Dez anos depois: avaliando o impacto da Declaração de Salamanca nos sistemas educacionais de diferentes países”. A mesa será composta pelo Dr. Mel Ainscow, Dr. Eric Plaisance – docente da Universidade de Paris e presidente do centro de pesquisa sobre laços sociais junto aos países da Europa e América Latina – e Dra. Rosita Edler de Carvalho – ex-secretária de Educação Especial do MEC.
Declaração de Salamanca
Mais de 300 representantes de 88 governos e 25 organizações internacionais reuniram-se no período de 7 a 10 de junho de 1994, em Salamanca, na Espanha, com o objetivo de promover a Educação para Todos, analisando as mudanças fundamentais de política necessárias para atender a todas as crianças, sobretudo as que têm necessidades educativas especiais. A Conferência Mundial, realizada pelo governo espanhol em cooperação com a Unesco, resultou no documento Linha de Ação da Declaração de Salamanca.
Política de inclusão
A iniciativa de realização do evento faz parte da política de inclusão e integração de alunos portadores de necessidades especiais adotada pela SEE. Segundo o Censo Escolar do MEC, o Estado de São Paulo dispõe de 1.720 classes, atendendo a 19.405 alunos especiais. Desse universo, 1.152 (67%) são classes integradas, com 6.772 estudantes assistindo às aulas em classes regulares.
Além destes alunos, a SEE atendeu, em 2003, 31.650 alunos através de 268 convênios com as APAEs e outras Entidades Assistenciais, com um aumento de 107% no total de matrículas desde 2001. O repasse de recursos também cresceu, entre 2001 e 2003, 233%, chegando ao valor de R$ 43.506.656.
