“Um lugar onde a língua é iluminada e nos ilumina. Onde ela se torna um objeto de identidade do cidadão, momento em que ele deve aproveitar o fato de que a língua é seu atributo, é sua identidade”. Assim o professor de língua portuguesa, Ataliba Teixeira Castilho, um dos consultores do “Estação da Luz da Nossa Língua”, que será instalado na Estação da Luz, em São Paulo, definiu o que espera do projeto.
A apresentação para os jornalistas foi realizada no auditório da Pinacoteca do Estado, na terça-feira, dia 12, e a previsão é que o Museu esteja pronto até o fim de novembro.
O poeta e antropólogo Antonio Risério, que também integra a equipe de criação, foi além ao dizer o que espera do projeto. “Um parque de diversões da língua, ao mesmo tempo lúdico e didático, e que causa alguma emoção cívica”, disse ele.
COMO SERÁ O MUSEU
A proposta é que os visitantes embarquem numa viagem pela língua, logo na entrada. É quando começa o trabalho da cenógrafa e diretora teatral Bia Lessa. Ela promete trabalhar artísticamente com a oralidade da língua. “O que nos interessa é a língua sem preconceito. A intimidade que os brasileiros têm com ela”. Depois será a vez do “Saguão dos Elevadores”, uma grande instalação em forma de uma árvore feita por palavras que toma conta de todo o ambiente. No auditório, de um jeito lúdico e criativo, os visitantes vão aprender sobre o surgimento da linguagem, as famílias lingüísticas, o latim e finalmente o português, incluindo, como esta língua se estrutura no mundo.
Um espaço que merece atenção especial é a “Praça da Língua”. É o local em que o público vai vivenciar uma experiência sonora e musical impressionante. “Lugar para estar presente a força da expressão poética”, define o compositor José Miguel Wisnik, que participa da elaboração do espaço.
No segundo andar ficará “A Grande Galeria”, com a maior tela de projeção do mundo: 120 metros de extensão. E não é só. O Museu terá ainda a “Linha do Tempo”, que irá traçar a história da língua portuguesa, nascida quatro mil anos antes de Cristo. Outro espaço do Museu que promete envolver os visitantes é “Sala de Etimologia”, com jogos que irão permitir a criação de novas palavras a partir da língua portuguesa. “Vamos criar um game, um tipo de jogo em que será possível brincar de criar e colar palavras”, disse Marcelo Tas, que participa da criação da Sala.
PARCERIA
O projeto, orçado em 36 milhões de reais, é fruto da parceria entre a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, TV Globo, IBM Brasil, Correios, Petrobrás, Vivo, Eletropaulo, Votorantim, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Cultura. A realização é da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e da Fundação Roberto Marinho, como o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Educação
F.C.
