Educação: Projeto ensina ciências para crianças

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ter, 10/06/2003 - 18h36 | Do Portal do Governo

Aliar atividades práticas com o desenvolvimento da expressão oral e escrita no ensino de Ciências. Essa é a proposta do projeto “Mão na massa”

No Brasil, o projeto recebeu o nome ABC na Educação Científica – Mão na Massa e foi concretizado devido a um convênio de cooperação entre a Academia Brasileira de Ciência e a Academie des Sciences de l’Institut de France. O objetivo era implantar o “Mão na Massa” em escolas públicas brasileiras, visando o desenvolvimento do ensino experimental de ciências no Ciclo I do Ensino Fundamental.

O módulo de estudo brasileiro foi desenvolvido de forma coordenada e, dentro da variedade de tópicos que se apresentaram, escolheu-se um tópico para a fase inicial dos trabalhos, em 2001: A ÁGUA. Inicialmente foram traduzidos 3 módulos franceses: transporte da água para crianças de 2 a 5 anos, elaborado em Vaulx en Velin; flutua ou afunda, para crianças de 5 a 8 anos, em Nantes; estados físicos da água para alunos de 3a e 4a séries, em Bergerac. O projeto, em fase piloto, foi aplicado em escolas municipais e estaduais do Rio de Janeiro, São Paulo e São Carlos (SP) no segundo semestre de 2001.

A adesão de professores é espontânea e voluntária. Atualmente, em São Paulo há 8 escolas que adotam o programa, elas fazem parte da região Norte 1 e Centro – Oeste. A direção geral do projeto é de Ernst Wolfgang Hamburger, Diretor da Estação Ciência da USP, coordenado por Dr. Dietrich Schiel, Diretor do CDCC/USP de São Carlos, que organizou uma equipe de nove profissionais brasileiros que foi capacitada na França em maio 2001, com recursos das Academias e do governo francês. Participam do projeto: a Estação Ciência/USP, o CDCC-Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP em São Carlos, a Fiocruz, e quatro Secretarias de Educação, entre elas a estadual de São Paulo.

A meta do ABC na Educação Científica é fazer com que o aluno perceba a interação dos fenômenos naturais com o ambiente social e econômico no qual ele vive. Com essa ferramenta, ele poderá visualizar, por exemplo, que a chuva não é a única vilã quando há enchentes, pois a sociedade é responsável pela saúde dos rios, pela prudência em não se construir casa em morros, ou mesmo pela situação econômica de muitos que, apesar de saberem disso, não possuem local para onde ir, senão a favela entrecortada por córregos e sem saneamento básico.

Robinson Lima
da Secretaria da Educação