Educação: Projeto desenvolvido em São José do Rio Preto desperta interesse pela matemática

Atividade extra classe foi um momento de descontração e aprendizagem

qua, 16/11/2005 - 13h34 | Do Portal do Governo

Estudar os triângulos e suas diversas aplicações na prática. Foi com este objetivo que o professor de matemática, João Batista da Silva, criou o projeto desenvolvido na Escola Estadual Alzira Valle Rolemberg, de São José do Rio Preto.

A idéia é também explorar os diferentes tipos de triângulos, seus elementos, ângulos, lados vértices, área, perímetro e semelhança etc. Outra meta é reconhecer a importância do triângulo retângulo e a aplicação das razões trigonométricas numa situação prática.

A temida matemática

De acordo com o autor do projeto, João Batista da Silva, na maioria das vezes a matemática é vista como uma matéria difícil e chata pela maioria dos alunos, dificultando o ensino-aprendizagem. “O aluno não consegue ver um significado naquilo que está estudando. O desinteresse e a desmotivação tornam difícil a assimilação dos conteúdos. É comum o aluno questionar o uso de determinado conteúdo, e muitas vezes o professor fica numa situação embaraçada quanto a uma explicação convincente.

ste projeto deverá motivar os alunos e dar sentido ao estudo da matemática, uma vez havendo uma abordagem diferente, com instrumentos construídos pelos próprios alunos, em seguida, juntado a teoria e a prática fora da sala de aula”, conta João Batista. O professor espera ainda que o projeto garanta uma nova postura para o ensino da matemática, buscando sempre associar os conteúdos com uma aplicação prática.

Para encontrar alturas difíceis de medir, são usadas as razões trigonométricas no triângulo retângulo, conhecendo-se o ângulo entre a linha imaginária da visão de um observador até o topo do objeto a ser medido com a sua horizontal e a distância em que se encontra esse observador.

Aplicando-se a mesma técnica, calcula-se distâncias sem precisar medi-las (largura de um rio, por exemplo). Por meio da emelhança de triângulos, pode-se chegar à altura de um objeto, utilizando a sua sombra e comparando com a sombra de outro objeto pequeno de fácil medição.

O astrolábio

Em sala de aula cada aluno construiu seu astrolábio usando sobras de materiais. Este instrumento, embora construído de uma forma modesta, foi suficiente para descobrir a medida de ângulos formados com a visão de um observador em relação à linha de horizonte.

Além da sala de aula

Com lápis, papel, trena e o astrolábio, professor e alunos saíram a campo para calcular alturas difíceis de medir. Primeiro eles foram até o pátio da escola calcular a altura de um poste, medindo com o astrolábio, o ângulo de visão do topo do poste com a horizontal, tomando uma certa distância para observação. Em seguida foi feito um esboço com os dados obtidos para posteriores cálculos. Esse procedimento se repetiu para calcular outras alturas.

Em outro momento eles saíram até uma praça vizinha da escola para soltar pipas e calcular suas alturas, também usando o mesmo procedimento.

Resultados

O aumento da motivação, foi notável, quando do uso e manipulação de material concreto no processo ensino-aprendizagem, em relação à abordagem puramente teórica de conteúdos. Por meio de aplicações práticas, percebeu-se a importância e o destaque do triângulo retângulo em relação aos demais. O momento de maior euforia e interesse, foi quando os alunos saíram da sala de aula para ir até a praça próxima à escola, soltar pipas para em seguida calcular a sua altura, usando o astrolábio construído por eles com a aplicação das razões trigonométricas no triângulo retângulo. A atividade extra-classe foi um momento de descontração e aprendizagem.

Assessoria de imprensa da Secretaria da Educação

J.C.