As vendas de livros no Brasil cresceram entre 5% e 7% em 2001, comparativamente ao ano anterior, impulsionadas, principalmente, por programas federais, estaduais e municipais de compra de acervo para bibliotecas.
A informação é do vice-presidente de Marketing da Câmara Brasileira do Livro, José Henrique Grossi, que destaca o Programa Leia Mais entre os projetos que contribuíram para o bom desempenho do mercado editorial brasileiro.
Lançado em junho de 2001 pela Secretaria de Estado da Educação, o programa prevê a distribuição de quase três milhões de livros não-didáticos a escolas com ensino médio em São Paulo.
O Governo do Estado direcionou cerca de R$ 20 milhões para o programa. Pelo site www.ensinomedio.sp.gov.br, inspirado em livrarias virtuais, cerca de três mil escolas puderam escolher – tendo acesso a resenhas e dicas de escritores, como Jorge Amado, Rubem Fonseca e Carlos Heitor Cony – os livros que desejavam receber entre 1.934 títulos nacionais e estrangeiros disponíveis.
Além deles, cada colégio tem direito a um acervo básico, contendo 352 títulos selecionados por uma comissão de especialistas.
Os livros estão sendo distribuídos para as escolas. A quantidade que cada uma vai receber, além do acervo básico, depende do número de alunos de ensino médio que possui.
A Escola Estadual Leopoldo Santana, na zona Sul da capital, por exemplo, terá à disposição quase 2,4 mil livros. No site www.ensinomedio.sp.gov.br, diretores, professores, pais e alunos podem ter acesso aos títulos que cada colégio vai receber.
Toda a compra dos livros foi centralizada pela Secretaria de Estado da Educação, o que proporcionou uma redução considerável no valor das obras negociadas com as 139 editoras envolvidas no projeto.
Os volumes chegam às escolas com desconto médio de 60% em relação aos preços praticados no varejo. Na relação estão, além de literatura – com obras clássicas e sucessos populares -, dicionários e livros sobre história, geografia, arte, informática, entre outros assuntos.