Da Agência Imprensa Oficial
Por Sirlaine Aiala
Primeira escola técnica paulista, a Eteca, como também é conhecida a Escola Técnica Estadual Professor Camargo Aranha, completa 35 anos de atividades neste mês. Tradicional no ensino profissionalizante nas áreas de comércio, gestão, saúde, informática e ensino médio, desenvolve com os alunos inúmeros projetos voltados para a comunidade, como campanhas de arrecadação de alimentos, doados a entidades assistenciais da região, curso de noções de informática para a terceira idade e plantão de dúvidas sobre imposto de renda.
“Ao mesmo tempo que esses trabalhos fortalecem a aprendizagem desenvolvem a cidadania”, afirma Marilda Aparecida Simoni Britto, diretora da escola desde 2000. “Essa é nossa missão de formar jovens e adultos para o mundo do trabalho, aptos a exercer a cidadania moderna – eficiência e solidariedade, antidogmatismo e tolerância, direito de ser bem-sucedido e respeito à vida.”
Os quase 3,3 mil alunos distribuem-se pelas turmas de ensino médio, suplência e cursos técnicos – de administração de empresas, contabilidade, informática, nutrição e dietética, secretariado e gestão de seguros em que a primeira turma terá início na próxima semana. Além de ter ambientes pedagógicos tecnologicamente equipados, a escola promove intercâmbios culturais e visitas técnicas dos estudantes a empresas e instituições para complementar a formação profissional.
Tradição e história
Atualmente instalada no bairro da Mooca, a Eteca nasceu no Brás em 31 de julho de 1968, com o nome de Colégio Comercial Camargo Aranha. Vinculada ao antigo Departamento de Ensino Técnico da Secretaria de Estado da Educação, seus primeiros cursos técnicos foram administração, contabilidade, secretariado e turismo.
Como a escola conseguia bons resultados na colocação de seus alunos no mercado de trabalho, foi escolhida para abrigar o Centro Educacional Interescolar, objetivando a ampliação da oferta de formação profissional complementar. Para isso, precisou mudar de endereço. Em 1980, instalou-se na Mooca num prédio construído especialmente para abrigá-la.
Um ano depois, o governo estadual selecionou as 12 escolas técnicas paulistas – com maior potencial de resultados e condições materiais – para fazer parte do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Em 1982, um plebiscito da comunidade pedia a permanência do vínculo entre a escola e o Centro Paula Souza.
Dez mil obras
No final da década de 80, a biblioteca foi ampliada – hoje abriga mais de dez mil livros e tem 4,5 mil consultas por mês – e instalados os dois primeiros laboratórios de informática. Há 14 anos, teve início o curso técnico em processamento de dados, hoje técnico em informática. Atualmente a escola tem quatro laboratórios que somam 84 microcomputadores.
Em 1999, o Centro Paula Souza criou o projeto de suplência para atender a pessoas que não puderam cursar o ensino médio na idade regular. No ano passado, atendendo à demanda da região, começou a ministrar o curso técnico em nutrição e dietética. Em dois laboratórios, cuidadosamente equipados para as aulas práticas, os alunos colocam, literalmente, as mãos na massa. Em janeiro do próximo ano, a escola terá mais uma habilitação – o curso técnico em gestão de pequenos negócios.
O patrono
O professor José Mariano Correia Camargo Aranha nasceu em Rio Claro, no dia 8 de junho de 1867. Veio a São Paulo completar o colegial. Formou-se em ciências jurídicas na Faculdade de Direito da USP. Dividia suas atividades entre a cátedra, o jornalismo, a advocacia e atividades políticas (era monarquista). Faleceu no dia 27 de setembro de 1913.
(LRK)
