De agosto a dezembro de 2003, mais de 10 milhões de crianças, adolescentes e adultos participaram das atividades do programa
O Escola da Família, programa do Governo do Estado que transformou as escolas estaduais em grandes espaços de convivência, acaba de receber uma avaliação bastante positiva em pesquisa realizada pela UNESP – Universidade Estadual Paulista. Dos 23 itens pesquisados, 10 foram considerados ótimos e 13 bons. Nenhum obteve nota regular, ruim ou péssima.
A pesquisa avaliou itens que abrangem desde atendimento, equipamentos e materiais utilizados até o desempenho dos profissionais que trabalham no programa, bem como as atividades realizadas e o impacto que o programa causa nos alunos e nas comunidades.
Foram 31.811 entrevistados, entre alunos e pessoas das comunidades, além de diretores de escolas, coordenadores pedagógicos, educadores profissionais, universitários bolsistas, que responderam a um questionário pela Internet e entrevistas pessoais.
Para a maioria, as atividades e cursos oferecidos são interessantes e adequados, proporcionam novas oportunidades profissionais e culturais, contribuem para a valorização da escola e promovem a cidadania. Como sugestão, os entrevistados recomendam entre outras melhorias, uma melhor divulgação do programa e a realização de mais parcerias para uma maior participação da comunidade.
O aumento do número de pessoas envolvidas com o programa (educadores e voluntários) e a diversificação das atividades foram outras sugestões apresentadas. A pesquisa foi realizada em dezembro de 2003, pelo Grupo de Pesquisa Informática Aplicada à Gestão Educacional (IAGE) da UNESP, em Araraquara.
Escola da Família, espaço da cidadania
Desde agosto de 2003, quando o programa começou oficialmente, as mais de cinco mil escolas, espalhadas pelos 645 municípios do Estado de São Paulo, mantém as portas abertas nos fins de semana a seus alunos e às comunidades locais para a prática de atividades culturais, esportivas e de qualificação profissional.
Para movimentar os mais de 5,5 milhões de alunos da rede nos fins de semana, o Escola da Família conta com um educador profissional por unidade, com uma equipe de voluntários e com universitários bolsistas espalhados por todo o Estado. As bolsas são concedidas pela Secretaria da Educação em parceria com as faculdades e universidades conveniadas. A Secretaria oferece 50% do valor das mensalidades, limitado a um teto máximo de R$ 267,00, e as universidades complementam os 100%. Os universitários passam por treinamento e capacitação. Eles trabalham 16 horas por fim de semana (8 horas aos sábados e outras 8 horas aos domingos).
De agosto a dezembro de 2003, mais de 10 milhões de crianças, adolescentes e adultos participaram das atividades do Escola da Família. Em 2004, o objetivo da Secretaria é aumentar em 50% o público do programa.
Com pouco mais de seis meses de implantação, o programa já apresenta resultados positivos, principalmente em relação à queda nos índices de violência nas escolas.
Tendo como base o mês de dezembro e sua comparação com o mês anterior, os dados são estes:
É importante observar que já em novembro esses índices haviam caído significativamente em relação ao mês anterior.
Da Unesp
T.M.
