Educação: Oficina de química forma alunos empreendedores em Guarulhos

Estudantes aprendem a produzir cosméticos

seg, 06/12/2004 - 14h12 | Do Portal do Governo

Alunos transformam o laboratório de Química em empresa, criam novos aromas e viram empreendedores. O projeto Pequeno Empreendedor aplicado na Escola Estadual Professora Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos, mobiliza alunos para a criação de produtos cosméticos.

Misturas, concentração, dissolução e reações químicas, são alguns ítens do aprendizado. As aulas práticas fornecem conhecimento na área cosmética com a viabilização de uma futura fabricação de produtos artesanais como perfumes, colônias, cremes diversos, xampu, condicionadores, entre outros.

“Além de ampliar o interesse pela Química e aprofundar os estudos, a proposta também proporciona a oportunidade de gerar renda fora do ambiente escolar’, concluiu o professor de Química e coordenador do projeto, Ricardo Piassentini Filho.

Com oito aulas práticas, a equipe de pequenos empreendedores formada por alunos do 3º ano do Ensino Médio noturno, aprende tudo sobre perfumes, extratos e fragrâncias. Porém, antes de entrar no laboratório, os alunos precisam utilizar as dez regras básicas da segurança no ambiente de produção, que passa pelos cuidados de higiene dentro do laboratório, manuseio de cada material e até silêncio para a concentração no trabalho.

O processo não é tão simples quanto aparenta – os alunos fazem cálculos quantitativos mostrando como produzir a quantidade desejada de cada produto; recebem orientações para a leitura e interpretação de fórmulas; aprendem sobre as técnicas de misturas e fabricação de diversos produtos cosméticos, sem esquecer dos processos de envasamento e embalagem, além dos cálculos de custos e lucro.

Após todas as orientações cada um dos alunos fabrica seu primeiro perfume, o qual, já com a essência escolhida previamente, é dividido em dois frascos – um deles pode ser trocado com outro aluno para garantir a variedade dos perfumes.

Diversos materiais como proveta, tudo de ensaio, funil, pipeta graduada, bagueta para mistura, béquer, são usados nas aulas, além do material para a fabricação do produto como vidros; etiquetas; folhas para os cálculos; álcool de cereais; essência; fixador, água destilada, entre outros.

A avaliação do projeto na última semana de novembro analisou o raciocínio usado para os cálculos quantitativos, entrosamento, comportamento na manipulação da vidraria, a forma de utilização dos produtos para confecção dos perfumes, a postura perante as regras e a disciplina geral.

O projeto fez tanto sucesso na escola que será ampliado, em 2005, como atividade no programa Escola da Família nos finais de semana.

Por Luciane Salles, da Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual da Educação

C.C.