A partir de 12 de agosto, 60 índios das etnias Guarani, Kaingang, Krenac e Terena participarão do Curso de Formação de Professores Índios para a Educação Infantil e Ciclo I (1ª a 4ª séries) em Guarujá, Bauru e na Capital. Divididos em turmas de 20 alunos, eles serão encaminhados para três pólos distintos. No Guarujá serão preparados os índios das cidades de Cananéia, Pariquera-Açu, Sete Barbas, Itariri, Iguape, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe. Em Bauru, participam os índios das regiões de Arco-Íris, Braúna e Avaí. E na Capital ficarão os de Bertioga, Ubatuba e dos bairros Jaraguá e Parelheiros.
As aulas serão ministradas por professores de Educação da Universidade de São Paulo (USP), com metodologia própria, que visa preservar o caráter intercultural dos alunos. A primeira fase foi iniciada em 15 de julho, em Itapecerica da Serra, e serviu para integrar os participantes.
A iniciativa é do Núcleo de Educação Indígena, vinculado à Secretaria Estadual da Educação, e visa assegurar aos professores das aldeias a formação mínima exigida por lei para o exercício da docência no Ciclo I do Ensino Fundamental. Os alunos têm a oportunidade de colocar em prática o aprendizado, durante estágio supervisionado e realizado regularmente nas classes de aldeias onde o órgão atua como orientador de ensino indígena.
No final do curso, os inscritos farão parte do quadro de magistério estadual como Professor de Educação Indígena. O objetivo é melhorar a qualidade do atendimento dos alunos das escolas localizadas nas reservas indígenas do Estado de São Paulo. Atualmente, sete escolas da rede estadual de ensino estão instaladas em aldeias. Outras 13 aldeias terão escolas próprias, que estão em fase de construção. Além do local apropriado, as aulas são bilíngues (em português e na língua natal).
Segundo a Coordenadoria do Núcleo de Educação Indígena, a intenção é ampliar o projeto e, posteriormente, capacitar esses profissionais também para o Ciclo II dos Ensinos Fundamental e Médio.
