Educação: Gestão democrática transforma a escola pública

Solução está em desenvolver ações de forma participativa, integrando a comunidade local

qui, 08/05/2003 - 11h27 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Educação


Uma gestão escolar democrática pode desenvolver ações de forma participativa, organizada e, sobretudo, permanente, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos, dando uma nova feição à escola pública.

É o caso da E.E. Parque Piratininga II, no município de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Quem vê a escola hoje, não imagina que no passado era constantemente depredada, pichada, com algumas paredes de madeira e funcionando em instalações precárias. A diretora Fátima Casarini conseguiu, depois de um árduo trabalho de conscientização na comunidade, o apoio para um mutirão. Mas não parou por aí. A cada ano são feitas campanhas educativas, sempre contando com a mobilização dos pais, que participam efetivamente das ações e contribuem para a auto-disciplina dos alunos. Ela costuma dizer que “quando a comunidade passa a acreditar na escola, tudo se transforma”. Hoje, os alunos participam de projetos diversos como pintura artística, coral, informática, além de esportes. Tênis de mesa, dama e xadrez são algumas das modalidades praticadas, inclusive nos finais de semana. Em 2001, a escola ganhou o Prêmio de Referência Nacional em Gestão Escolar.

Um outro exemplo, é a E.E. Renato de Arruda Penteado, no Jardim Carumbé, zona norte da Capital. Cercada por três favelas, sofria pichações em muros e tinha os vidros quebrados.

Para a diretora Eliana Bernardo de Mello, “o bairro é o mesmo, mas a comunidade ajuda a dirigir a escola”. Desde 1998, quando assumiu a direção, ela chamou os pais dos alunos para que mostrassem as falhas e pudessem ajudá-la. Ao firmar parcerias, foi possível formar uma corrente de solidariedade, estimulando o trabalho coletivo. Com isso, estimulou e apoiou a organização dos alunos para que pudessem atuar em ações cooperativas e comunitárias.

O secretário Gabriel Chalita acredita que é possível desenvolver uma educação voltada à cidadania, ao aproximar, cada dia mais, a comunidade da escola, estimulando a interação democrática entre alunos, pais, funcionários e toda a população de seu entorno.

(LRK)