Educação: Gabriel Chalita apresenta Escola da Família na Unesco

Programa despertou interesse de diversos países

sex, 03/10/2003 - 18h21 | Do Portal do Governo

O secretário da Educação, Gabriel Chalita, apresentou nesta quinta-feira, dia 2, durante a 32ª Conferência Bienal da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Paris, o Programa Escola da Família. A iniciativa despertou o interesse de diversos países, como França, Irlanda, Inglaterra e Cuba.

O interesse dos participantes em grande parte do fato de o Estado de São Paulo ter a maior rede de ensino do mundo – com seis mil escolas e cerca de seis milhões de alunos – e, mesmo com essa complexidade, conseguir organizar um plano para manter as escolas abertas nos fins-de-semana, com total participação da comunidade.

O secretário destacou que muitos países com um sistema educacional desenvolvido, como Inglaterra, França, Espanha, Alemanha e Argentina, já contam com esse tipo de atividade, mas seus representantes ficaram impressionados com a participação dos pais dos estudantes no projeto brasileiro. ‘O problema deles é a ausência da família nesse tipo de projeto, que traz o conceito de escola participativa. Todos querem saber como convencemos os pais a irem à escola’, disse Chalita.

Após a palestra, o tempo para as perguntas durou mais do que o previsto. Multiplicaram-se questões sobre o perfil do aluno da rede pública no Brasil ou pedidos de esclarecimento sobre a qualidade do ensino. ‘Houve muita curiosidade, mas senti um respeito maior em relação ao Brasil. Ficamos felizes em ver que estão vendo coisas boas no nosso país’, observou Chalita.

O secretário contou também que a Escola Parque Piratininga II, que pertence à rede estadual de São Paulo, uma das 14 premiadas pela Unesco por desenvolver projetos inovadores no Brasil, foi citada pela representante da entidade e pelo vice-presidente da Unesco, o brasileiro Marcos Barbosa, como exemplo do avanço da Educação no País.

A discussão sobre a importância do respeito à diversidade de credo, cultura e etnia nas escolas também foi bem recebida pelo Secretário. ‘Antes a Educação tomava uma direção contrária, com separação por turmas mais fortes e mais fracas, dividia e causava uma depreciação no ser humano. Hoje a inclusão é fundamental. Quanto mais heterogênea for uma escola, melhor será o aprendizado.’

Da Secretaria da Educação

M.J.