Os alunos das escolas do Ensino Fundamental do Estado de São Paulo passam a ter autonomia na hora da merenda. Os estudantes poderão servir a própria comida em balcões térmicos, por meio de um sistema de auto-atendimento (self-service), que está sendo adotado a partir desse ano pela Rede Estadual de Ensino. O projeto ‘Sirva-se’ distribuirá, num primeiro momento, 400 balcões a escolas da Capital e Interior. Até o final de 2004 serão entregues mais 200 equipamentos. O Secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, participará do lançamento, que será nesta segunda-feira, dia 16, às 15 horas, na Escola Estadual João Boemer Jardim, na Zona Norte.
Para o projeto, os técnicos do Departamento de Suprimento Escolar (DSE) da Secretaria, em parceria com os técnicos da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), desenvolveram um balcão térmico projetado especialmente para atender esta faixa de alunos. Trata-se de um equipamento de ponta, feito com material reforçado e com durabilidade aproximada de 10 anos, com altura e profundidade ao alcance dos braços das crianças.
Os balcões foram adquiridos por meio do sistema de pregão, ao preço de R$ 1.985,00 cada um, o que gerou uma economia aos cofres públicos, já que no mercado o custo de cada balcão é de, aproximadamente, R$ 4 mil. A Secretaria de Estado da Educação está investindo R$ 1.191.000,00 na compra de 600 balcões.
Com o ‘Sirva-se’, o Governo do Estado de São Paulo muda o conceito de alimentação escolar, respeitando o direito da criança à escolha do alimento, possibilitando que ela adquira noções de quantidade e qualidade, e de cidadania, aprendendo a respeitar a fila e os colegas.
Segundo especialistas em psicologia familiar, uma das funções importantes da escola é dar à criança autonomia para se cuidar sozinha. Saber como pegar um prato, como manejar os talheres, escolher entre alimentos saudáveis, sem imposição, nem limitação, dará à criança a sensação de liberdade, sem que a liberdade tenha que passar pela transgressão.
A implantação do auto-atendimento alimentar irá estimular a criança a conhecer o diferente. À medida que ela vir o colega comendo uma coisa que não faz parte da sua tradição alimentar, será mais fácil se sentir estimulada a experimentar, do que por meio da imposição da mãe. A escola hoje é, acima de tudo, a escola da convivência e o que for feito com esse objetivo merece ser valorizado.
O projeto ‘Sirva-se’ faz parte de um amplo programa do Governo do Estado de São Paulo de valorização da alimentação escolar. Por intermédio do Departamento de Suprimento Escolar (DSE) da Secretaria de Estado da Educação, outros três projetos já vêm sendo desenvolvidos:
Da Secretaria estadual da Educação
(AM)