Educação: Estado de São Paulo tem 350 escolas públicas consideradas ‘Ilhas de Excelência’

Número equivale a 40% das instituições de ensino da Capital

ter, 17/06/2003 - 10h01 | Do Portal do Governo

A rede estadual de educação tem escolas que são consideradas exemplares em matéria de qualidade de ensino. Apesar de receber a mesma verba das outras, estas unidades oferecem nível pedagógico e infra-estrutura comparáveis à de qualquer instituição particular.

O Diretor do Sindicato dos Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Esado (Udemo), Volmer Áureo Pianca, disse que as “ilhas de excelência” representam 5% das unidades, ou seja 350 unidades, tanto na Capital quanto no Interior.

Segundo o Secretário de Estado da Educação, professor Gabriel Chalita, as “ilhas de excelência” representam 40% das 1.054 escolas da Capital. No Estado, elas representam 50% do total de escolas.

Independentemente de quantas são, as “escolas oásis” são diferentes. A primeira característica é a proximidade do diretor com a escola e seus alunos. A segunda é o envolvimento dos professores como projeto pedagógico. O terceiro fator é a abertura para a comunidade. Nessas escolas há o funcionamento adequado do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres (APM), que são realmente comprometidos com o trabalho.

Na EE Professor Luiz Gonzaga Pinto e Silva, no Jardim São Luís, zona sul, os pais são chamados para participarem de diversas atividades junto com seus filhos. A escola atende 2.100 pré-adolescentes do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio. Encravada em um dos distritos mais pobres da cidade, a escola se destaca pela limpeza, organização e ensino de qualidade. Para a vice-presidente da APM, Cristina da Silva, escola com problemas é aquela que não chama a comunidade. A diretora, Maria Beatriz de Lana e Castro, afirmou que a receita é a boa vontade. “Temos que trabalhar com alegria e transmitir isso às pessoas, melhorar a auto-estima da comunidade e, antes de tudo, sermos amigos dos alunos”.

Em outra “ilha de excelência”, a EE Professor Andronico de Mello, na Vila Sônia, zona oeste, pais dos alunos novos, do 1º ano do ensino médio, são chamados para conhecer a escola e suas regras um mês antes do início das aulas. “Esse ano, dos 800 novos pais, 760 vieram à reunião. E durante a semana, os que faltaram nos visitaram”, disse a vice-diretora Altéia Turpin. Nesta escola, a receita é a rigidez aliada ao amor. As regras da Andronico são claras e os alunos conhecem na ponta da língua. “Celular ou walkman, só no intervalo. Saída antes do fim da aula, só com autorização escrita dos pais e confirmação por telefone. Baralho na sala de aula vai para o lixo e fumar é proibido”.

As “escolas osásis” estão espalhadas por todo o Estado e usam a criatividade para atrair a comunidade. Elas são diferentes até no visual, além de desenvolverem diversos projetos paralelos. As atividades desenvolvidas são: oficinas de leitura e de música, cursos de cabeleireiro, teatro e artes cênicas, aulas de jazz, axé e esportes (tênis de mesa, xadrez e dama).

As “escolas osásis” seguem algumas regras básicas no dia-a-dia:

1- As famílias dos alunos participam ativamente das decisões da diretoria;
2- Os projetos pedagógicos são discutidos por professores e pais constantemente;
3- A escola é um local onde o aluno pode expressar suas idéias e projetos;
4- A Associação de Pais e Mestres, o Conselho de Escola e o Grêmio Estudantil são atuantes;
5- Os professores se comprometem, respeitam e desenvolvem o projeto pedagógico da escola;
6- São estabelecidas normas de convivência em conjunto com alunos, professores e comunidade;
7- As aulas têm metodologias diferentes, que despertam o interesse dos alunos;
8- Entre os funcionários, professores e alunos o clima é efetivo e respeitoso, e o público também é bem atendido;
9- Buscam parcerias com o comércio local ou mesmo com os pais, para desenvolverem projetos;
10- O diretor é um líder que procura envolver a comunidade nos projetos internos.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação www.educacao.sp.gov.br

GB