A matemática, com suas fórmulas cheias de incógnitas, equações e inequações, costumava causar pavor nos estudantes de tempos atrás. Atualmente, as diretrizes dos métodos educacionais caminham para desfazer mitos que ainda cercam certas matérias. A Escola Estadual Professor Orestes Rosolia, de Artur Alvim, zona leste da capital, está utilizando o jogo de xadrez para ensinar a disciplina.
Com aulas que priorizam a interação entre alunos e professores, a escola criou projetos multidisciplinares que englobam, entre outros itens, a prática do xadrez no curso de matemática, que passou a ser um desafio lúdico e divertido. Das seis aulas semanais, quatro são teóricas e duas são reservadas a treinamentos práticos do milenar esporte.
O objetivo é desenvolver o raciocínio dos jovens aprendizes. “As aulas deixam de ser maçantes, tornam-se práticas, e as crianças se desenvolvem e criam o hábito de pensar”, frisa a professora Regina Neves.
Atividades interativas
Além do xadrez na sala de aula, os dirigentes da Orestes Rosolia criaram uma série de outras ocupações tão importantes quanto a obediência ao currículo formal. Entre elas estão aulas de dança, grafitagem, projetos sobre o meio ambiente e a formação de salas de leitura para alunos do período noturno.
Muitas dessas “aventuras escolares” cativam estudantes dos ensinos fundamental e médio. Algumas atividades, porém, são restritas a uma faixa etária. O curso de informática foi elaborado para jovens a partir da 7.ª série. Eles mesmos produzem livros, que são digitados e diagramados nos computadores do colégio.
As atividades interativas, segundo Regina, foram facilitadas com o fim da repetência e a criação do regime da progressão continuada. “A avaliação, agora, leva muito mais em conta a participação dos alunos do que seu desempenho técnico na disciplina.”
Eugenio Goussinsky – Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)