Educação: Escola Estadual Glauber Rocha comemora 25 anos

Escola também celebra história do cineasta

seg, 04/07/2005 - 12h21 | Do Portal do Governo

O cineasta Cacá Diegues declarou certa vez que, mais do que artista ou diretor de cinema, Glauber Rocha foi um grande pensador a seu modo. Um pensador-poeta, com um método metafórico e uma disciplina revolucionária, que reinventava a cada dia conforme as necessidades de seu projeto.

Visionário e controverso, Glauber Rocha, revolucionou o cinema nacional e ainda vive na memória de todos. A Escola Estadual que leva o nome do cineasta fez 25 anos na última sexta-feira, 1 de julho. Localizada na periferia de Guarulhos, Grande São Paulo, a escola Glauber Rocha organizou uma semana de comemorações que se estende até 6 de julho.

O trabalho idealizado no ano passado entrou no plano pedagógico de 2005 e mobilizou toda a escola, onde convivem 60 professores e 1.400 alunos de 1ª a 4ª séries distribuídos em 40 classes. A festa é o resultado do trabalho de 25 anos e da produção da escola ao longo desse tempo. A equipe de educadores montou, em dez salas de exposição, o resgate da história de Glauber. Durante todo o dia a escola exibiu, na sala de vídeo, o Cine Glauber, o documentário ‘Viva Glauber’, cedido pela TV Cultura.

Entre as atividades de destaque, a escola preparou um musical com um coral formado por 70 alunos. Os ensaios começaram em novembro do ano passado. Num único ato e em quase um hora de apresentação, as crianças dão um show de afinação misturado a efeitos, jogos de luzes e com a presença de músicos que as acompanham há três anos. Cenas da escola também projetadas em Data-Show.

Cada sala levou um nome. A mais visitada é a sala das relíquias, que conta a história da nestes 25 anos. Também foi produzido um vídeo com relatos de Dona Lúcia, mãe do cineasta, e algumas referências de Castro Alves, poeta que foi importante na obra de Glauber.

A escola também aproveita a comemoração para fazer outras inaugurações: casinha de caboclo, uma casa de pau a pique, com a finalidade de criar um espaço diferenciado e mostrar para as crianças outros tipos de cultura, por meio desse tipo de habitação que ainda existe no Brasil.

Numa parte mais isolada da escola, a equipe também está fazendo uma gruta, que servirá como espaço de reflexão para professores e alunos.

De acordo com Carmen Ana Rariz Palma, diretora da escola há 18 anos, o trabalho foi intenso. ‘Eu tenho uma equipe nota 10, amigos, pais, comunidade acabam engrossando o trabalho e, sem dúvida, acaba havendo mais integração e senso de responsabilidade’, diz ela. ‘A escola deve ser um espaço de produção de cultura e o nosso esforço é para que sejamos criadores dessa cultura’.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Educação

C.C.