Luciane Salles, da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Educação
As escolas da rede pública estadual de ensino estão contribuindo para a melhoria do meio ambiente por meio do Programa de Coleta Seletiva – uma parceria entre as Secretarias de Estado da Educação e Meio Ambiente.
O objetivo é fazer com que os estudantes da rede estadual desenvolvam a consciência sobre a preservação do meio ambiente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, fortalecendo a abordagem do tema ambiental no projeto pedagógico das escolas, além de disponibilizar o apoio técnico aos projetos escolares.
A coleta seletiva de lixo já é aplicada em muitas escolas estaduais e foi ampliada, desde o lançamento do Mutirão da Cidadania, em junho do ano passado.
A Escola Estadual Padre Egídio José Porto, em Caieiras, é exemplo da realização da coleta seletiva de lixo. Há cerca de cinco anos, a escola incluiu a coleta em seu plano pedagógico. Segundo a diretora da escola, prof.ª Darlene Almeida Cardoso, a coleta surgiu como uma necessidade da comunidade. A escola está instalada em Franco da Rocha, em um bairro carente, onde cerca de 40% dos moradores trabalham em lixão e moram em área de invasão. Desde a implantação do projeto, em 1998, os 1.150 alunos de 1.ª a 4.ª série da escola separam o lixo reciclável, como papelão, sacos, caixas de leite e, principalmente, garrafas pet. A empresa Ecocicla recolhe o lixo, em intervalo de 7 a 15 dias, dependendo da quantidade. Paga-se de R$ 0,05 a R$ 0,15 por quilo de material reciclável. O dinheiro é revertido na compra de material escolar.
‘A quantidade de dinheiro é pequena, porque o consumo é baixo, já que a comunidade é carente. O mais importante não é o dinheiro que entra na escola e, sim, a consciência da comunidade sobre a coleta seletiva. Desde que começamos o trabalho com palestras, orientações para pais e alunos, o município está mais limpo, a comunidade mais consciente, a escola economiza com sacos de detritos, usa as cascas da merenda para o projeto de horta, o pátio está limpo e o aluno mais preparado para lidar com a questão do lixo’, conclui a diretora, Darlene Cardoso.
O projeto deu tão certo na escola, que evoluiu para outras ações de Educação Ambiental, as quais estão sendo desenvolvidas durante o ano letivo.
(LRK)
