Educação: Detentos de Franco da Rocha e Internos da Febem do Tatuapé produzem material esportivo

Entrega foi feita pelo secretário da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael

sáb, 08/05/2004 - 16h38 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado recebeu a primeira bola oficial de futebol fabricada por presos de Franco da Rocha, por meio do projeto Pintando a Liberdade, parceria com o governo federal para a produção de materiais esportivos utilizando mão-de-obra dos detentos do sistema carcerário e dos internos da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem).

A entrega foi feita pelo secretário da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael, acompanhado do presidente da Comissão de Esportes e Turismo da Assembléia Legislativa, Marquinho Tortorello. “Foi a primeira bola produzida pela oficina. A partir de agora serão 500 unidades por semana”, disse o secretário.

Embora ainda não inauguradas oficialmente, estão funcionando na Grande São Paulo três oficinas do Pintando a Liberdade: duas em Franco da Rocha e outra na Febem do Tatuapé. De acordo com Lars Grael, o projeto se tornou realidade em maio do ano passado, quando foi assinado o convênio do Estado por meio das secretarias da Juventude, Esporte e Lazer, da Educação, e da Administração Penitenciária, com o Ministério dos Esportes. Para isso, o Tesouro Paulista investiu R$ 250 mil e o governo federal R$ 1,1 milhão.

Bolas serão doadas a programas sociais do governo do Estado

O Pintando a Liberdade foi criado em 1997 no Paraná. Há três anos, foi expandido para 53 fábricas de materiais esportivos. Atualmente, apenas Roraima não adotou o programa. Em São Paulo, está beneficiando cerca de 150 presos de Franco da Rocha e outros 70 internos da Febem do Tatuapé.

Lars Grael explicou que as bolas não poderão ser vendidas. Todas serão doadas aos programas sociais, esportivos e educativos do Estado. “São materiais esportivos com certificação do Inmetro, de alta qualidade, e por um custo abaixo do de mercado, o que gera economia”, acrescentou o secretário. O preço médio de uma bola oficial de futebol está em torno de R$ 50,00 e tem custo final para os governos estadual e federal de R$ 17,00.

Para quem está no sistema carcerário, existe o benefício da remição de pena (a cada três dias trabalhados, um dia a menos na cadeia). Aquele que trabalha no processo de costura da bola recebe R$ 3,00 por unidade produzida. Parte desse dinheiro vai para o Fundo Penitenciário para a reintegração do preso à sociedade e parte é destinada à sua família. As oficinas também fabricarão bolas de vôlei, handebol, basquete e redes.