Educação: Congresso do Programa Escola da Família discute a Escola Além da Sala de Aula

Programa já resultou na redução de 40% nos índices de violência nas escolas

sex, 12/08/2005 - 16h50 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo reúne professores, agentes de ensino, diretores de escolas, especialistas e interessados em educação nos dias 23 e 24 de agosto, durante o 2º Congresso do Programa Escola da Família. Com o tema Reinventando a Escola – A escola Além da Sala de Aula, o evento acontece no Palácio de Convenções do Anhembi (rua Olavo Fontoura, 1.209, Parque do Anhembi, Santana), em São Paulo.

Aberto ao público em geral, o evento terá conferências da jornalista Márcia Tiburi, Sobre o olhar, o pensar e o agir, do professor José Manuel Moran, sobre O equilíbrio entre integração e mudança, e do secretário de Educação, Gabriel Chalita, com o tema Reinventando a escola. Além disso, serão feitos relatos das 89 Diretorias de Ensino do Estado, apresentando experiências bem sucedidas nos quatro eixos de ação do Escola da Família: esporte, cultura, qualificação para o trabalho e saúde. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.escoladafamilia.sp.gov.br

Entre os temas em debate destacam-se: inclusão social, encontro de gerações, resgate de auto-estima, participação familiar, integração da escola formal com a informal, qualidade de vida, cultura de paz e protagonismo juvenil.

Os dois anos do Escola da Família estão sendo comemorados durante todos os finais de semana de agosto nas 5.306 escolas estaduais de São Paulo. Na última semana do mês os eventos se concentrarão na Capital. Além do Congresso, serão conhecidos os resultados do Concurso Fotográfico Escola da Família – o olhar da Comunidade, dirigido aos freqüentadores do programa. Uma comissão julgadora de notáveis, composta pelos fotógrafos Jorge Araújo

José Luis da Conceição e Cezar Itibere, escolherá os melhores trabalhos. Também está prevista a realização de uma grande festa de congraçamento e a publicação de uma revista especial, com resultados desses dois anos de funcionamento do Escola da Família.

O Programa Escola da Família

Implantado em 23 de agosto de 2003, o Escola da Família abre todas as 5.306 escolas da rede estadual paulista nos fins de semana, com centenas de diferentes atividades de esporte, cultura, qualificação para o trabalho e saúde. O programa chega ao segundo ano batendo recordes de público – mais de 140 milhões de participações — e de aceitação, com forte impacto na redução dos índices de violência. Este é o resultado do comprometimento de 5.306 educadores profissionais, 30 mil educadores universitários bolsistas, mais de 40 mil voluntários, 5.306 diretores ou vice-diretores, 89 supervisores de ensino, 89 assistentes técnico-pedagógicos, 315 coordenadores de área e 89 dirigentes regionais de ensino.

Contando com a cooperação técnica da Unesco, e parcerias com o Instituto Ayrton Senna – responsável pelo Game SuperAção Jovem, que já chegou a mais de 2 mil escolas– e o Faça Parte, entidade que congrega, prepara e capacita voluntários, além de 335 instituições particulares de Ensino Superior que integram o Bolsa Universidade, o Escola da Família é um difusor da cultura da paz. É reconhecido por reduzir drasticamente a violência dentro e nos arredores da escola, fortalecendo nas comunidades o sentimento de pertencimento em relação ao espaço escolar, a auto-estima e a identidade cultural da população.

Redução da Violência

Depois da implantação do programa, a queda nas ocorrências contra a pessoa e o patrimônio alcançou 39,5% e houve redução de 46,5% nas agressões físicas e acima de 81% no porte de drogas nas escolas. O mesmo acontece nas vizinhanças das escolas, com redução de 36% nos índices gerais de violência.

Os dados revelam também a preocupação e o cuidado da comunidade com a escola. As depredações caíram em 34,6%, as pichações 35,3% e invasões 37,2%. Nas ocorrências contra pessoa, a redução é ainda mais significativa: os homicídios caíram 57,1%, os furtos 45,5%, o porte ilegal de arma, 38,1%, as agressões físicas, 46,5%, e o porte de drogas, 81,3%.