Educação: Censo 2000 revela que freqüência escolar melhorou em todas as faixas etárias

79% dos alunos estão matriculados na rede pública de ensino do país

seg, 20/05/2002 - 15h58 | Do Portal do Governo

A freqüência escolar melhorou em todas as faixas etárias. A maior proporção de crianças na escola é a do grupo de 7 a 14 anos de idade. Nessa faixa etária, o Brasil se aproxima da cobertura universal, com 94,9% das crianças na escola. Esses dados fazem parte da Tabulação Avançada do Censo Demográfico 2000, referente a última década. O Censo também revela que 79% dos alunos estão matriculados na rede pública de ensino do país. Outra informação refere-se à taxa de escolarização das crianças de 0 a 4 anos: 17,8% em todo Brasil.

De 1991 para 2000, o grupo que mais se destacou é o de crianças de 5 e 6 anos de idade, onde o aumento foi bastante significativo: de 37,2% para 71,9%. Entre os jovens de 15 a 17 anos de idade, a taxa de escolarização passou de 55,3% para 78,8%. Hoje, os jovens estão tendo mais acesso à escola e nela permanecem por mais tempo. Em relação a pessoas entre 18 e 19 anos de idade, a proporção é menor: apenas 50,3% do grupo estava estudando e, entre os jovens de 20 a 24 anos, a proporção é de 26,5%. No grupo de 25 anos ou mais de idade, embora a taxa de escolarização seja baixa, quase triplicou de 1991 para 2000: passou de 2,2% para 5,9%. Esse indicador inclui desde os estudantes que estão aprendendo a ler e escrever, até os que estavam na pós-graduação.

Quanto ao gênero, no grupo de pessoas de 10 anos ou mais de idade, as mulheres têm as maiores taxas nos dois extremos: 14,7% não têm instrução ou têm menos de 1 ano de estudo e 14,6% tinham entre 11 a 14 anos de estudo. Quanto aos homens, a proporção é de 10,3% e 13,4%, respectivamente.

Distribuição por Regiões

Levando-se em conta a distribuição dos estudantes por nível de ensino freqüentado, verifica-se que o nível que absorvia o maior número de alunos era o ensino fundamental, que vai da 1ª a 8ª séries. Lá estão matriculados 58,2% dos alunos, sendo que nas regiões Norte e Nordeste esta proporção é ainda maior, 62,6% e 64,1%, respectivamente.

Já as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam as maiores proporções de estudantes no ensino médio e na educação superior, confirmando a tendência de que nas regiões mais desenvolvidas o atraso escolar é menor.

O Censo também revelou que, em 2000, 79% dos estudantes residentes no Brasil freqüentavam a rede pública de ensino. De acordo com os resultados, essa cobertura era maior no ensino fundamental (89,0%), seguido do ensino médio (81,2%), creche (77,9%), pré-escolar/classe de alfabetização (68,9%), mestrado ou doutorado (57,9%) e superior (29,1%). Um dado que merece destaque é a alfabetização de adultos: 94,8% dos alunos que estão aprendendo a ler e escrever freqüentam a rede pública de ensino.

Considerando a distribuição da população de 10 anos ou mais de idade, observa-se que 31,4% tinham até 3 anos de estudo. O Piauí e o Maranhão detêm as taxas mais altas (56,6% e 53,2%, respectivamente) e o Distrito Federal (16,1%) a mais baixa.

Com 8 a 10 anos de estudo concluídos havia 15% da população e com 11 a 14 anos de escolaridade, havia outros 14,9%. Em 1991, essas proporções eram de 11,0% e 10,0%, respectivamente. Já no grupo dos mais instruídos, com 15 anos ou mais de estudo, a taxa passou de 3,0% para 4,1%.

Entre as Grandes Regiões, observa-se que as mais desenvolvidas têm os melhores níveis de escolaridade. O destaque foi a região Sudeste, onde 5,5% das pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham 15 anos ou mais de estudo, seguida pelo Sul (4,6%), Centro-Oeste (4,3%), Nordeste (2,0%) e Norte (1,8%).

De um modo geral, de 1991 para 2000, a escolaridade das pessoas de 10 anos ou mais de idade melhorou no país. Houve redução na proporção das menos instruídas (19% contra 10%) e aumento na proporção das que tinham 11 anos ou mais de estudo (13,8% contra 19,0%).’

Da Secretaria Estadual de Educação