Educação: Alunos do Vale do Ribeira participam de programa na TV Cultura

Preparação para o programa começou nas férias de julho

ter, 09/08/2005 - 16h09 | Do Portal do Governo

Pela primeira vez, alunos da Escola Estadual Profº Manoel Camillo Júnior, em Pariquera Açu, no Vale do Ribeira irão participar do programa Viver Escola, que vai ao ar todos dos domingos, das 10 às 11 horas, pela TV Cultura. “Tenho uma grande curiosidade em conhecer o que rola nos bastidores. Com esse programa vamos aprender um pouco mais sobre competir sem rivalidade”, diz Vanessa Ferreira Martins, de 16 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio.

Ao todo, 70 pessoas da escola de Pariquera Açu devem participar do programa. O Viver Escola pretende levar para a televisão os mesmos princípios do Escola da Família, programa do Governo do Estado que abre as escolas aos finais de semana para promover atividades esportivas, culturais e de lazer para toda a comunidade. A idéia é não só assistir, mas também participar e aprender de forma integrada, extraindo o máximo de conteúdo, como se os alunos estivessem no ambiente escolar.

A grade do programa é uma combinação de mais de 20 quadros entre reportagens temáticas, gincanas eletrônicas, jogos lúdicos e testes-relâmpago. Os temas são inúmeros: música, história, geografia, literatura, mercado de trabalho, atualidades, drogas, qualidade de vida, tecnologia, entre outros.

Uma chance e tanto para promover a interação de alunos, professores, funcionários e a comunidade do Programa Escola da Família. A turma da Escola Estadual Manoel Camillo Júnior segue de ônibus para a gravação do programa, dia 13 de agosto, em veículos alugados pela Diretoria de Ensino de Registro.

Como tudo começou

A idéia de participar do Viver Escola partiu da dirigente regional de ensino de Registro, Reginalice Nakao, que entrou em contato com a produção do programa.

O passo seguinte foi divulgar a idéia entre os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental e também entre os do Ensino Médio, com idades entre 13 a 18 anos de idade, conforme o regulamento do programa, para a seleção dos interessados. Durante o recesso escolar, eles assistiram alguns programas gravados para conhecer detalhes dos jogos e das regras.

Talentos

Os critérios para a escolha dos participantes levaram em conta o rendimento escolar, o talento e as habilidades dos alunos inscritos, tanto para estar no palco como na platéia. As demais vagas foram reservadas aos alunos que se destacaram na Gincana da Cidadania , realizada este ano, e também aos educadores, voluntários e alunos das oficinas desenvolvidas no Escola da Família. Lia Mara Zezilia da Silva, que também está no primeiro ano do ensino médio, espera fazer bonito. “Estou um pouco nervosa, mas muito segura, pois darei o melhor de mim”.

“Tudo que é novo ou diferente nos causa um certo medo, mas os desafios são feitos para serem superados e, com toda certeza, a escola será bem representada”, diz Rodrigo Chiamulera, professor de Filosofia.

Hora de se preparar

Os professores envolvidos na atividade vêm dando apoio à direção da escola em todas as fases de preparação que também acontece durante algumas aulas. Fazem a revisão de assuntos já estudados com simulação e testes “relâmpago”, e incentivam a pesquisa e a leitura de jornais, livros e revistas para aprimorar o conhecimento. “Todos nós acreditamos que será uma oportunidade única”, diz a professora de Geografia, Maria Selma da Silva Gauglitz.

A empolgação dos alunos é contagiante. “É uma coisa nova para todos e não acontece todo dia. Estar na tevê é demais, não são todos que têm essa sorte”, comemora Ronan Sibirkin, de 15 anos, que cursa o primeiro ano do ensino médio.

Quem pensa que só os alunos estão ansiosos, se engana. Animada, a professora de matemática Elisabete Lara S. Andrade esbanja confiança, apesar do frio na barriga. “Não sei se teria outra oportunidade como essa.”

Equipe

No palco estarão 25 alunos, 2 professores e 3 integrantes do Programa Escola da Família. A equipe da platéia, com 40 pessoas, também deverá participar de alguns jogos. Além disso, um grupo de 8 pessoas se dedica ao ensaio do número de dança que representará o talento da escola, com o acompanhamento da Profª Gissele Lobo Simonetti, diretora da unidade. “Vale a pena todo esse empenho pois, acima de tudo, todos estão aprendendo juntos, torcendo para que as equipes não se intimidem diante das câmeras. É uma experiência que vem contribuindo para o crescimento coletivo”, afirma a diretora. O colaborador Hebert Hans Rudolf Schulz, parceiro da Escola Estadual Manoel Camillo Júnior e responsável pelos cursos de alemão e pelo grupo de danças folclóricas, coordena os ensaios voluntariamente.

“É uma responsabilidade muito grande porque estaremos representando uma escola, uma cidade… Afinal, o programa é transmitido para todo o Estado. Será uma grande experiência de competição e aprendizagem”, disse Patrícia Castilho de Barros, de 15 anos, que cursa o primeiro ano do ensino médio.

O professor de português, Nilson Roberto Rodrigues, comemora a oportunidade, mas diz que a chance vai além da competição. “Queremos vencer, embora não seja esse o objetivo do programa. Não estaremos vencendo nosso adversário, mas o desafio como um todo. É algo maravilhoso e incomparável. Vai ficar na lembrança”, conta Nilson.

Da Secretaria da Educação

J.C.