Educação: Alunos da Unesp aprendem técnicas circenses na Unicamp

Estudantes participaram de atividades de malabarismo, tecidos acrobáticos e equilibrismo

qui, 06/10/2005 - 11h16 | Do Portal do Governo

Estudantes participaram de atividades de malabarismo, tecidos acrobáticos e equilibrismo

O professor de artes circenses e artes cênicas Luiz Rodrigues Monteiro é um cearense que sempre amou o circo. Aos 12 anos, começou seu aprendizado como palhaço e foi aos poucos dominando o conhecimento dos malabares, pirofagia, monociclo, perna-de-pau e equilíbrio. Mais tarde, tornou-se professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ajudou a criar o Departamento de Artes Cênicas. No fim de setembro, recebeu 53 alunos de graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro para repassar-lhes as principais técnicas circenses. A proposta do intercâmbio, que une o Instituto de Artes (IA) da Unicamp e o Laboratório de Estudos do Lazer (LEL) da Unesp, pelo quarto ano consecutivo, é estudar tópicos da cultura popular.

Os alunos participaram de três oficinas: malabarismo, equilibrismo (perna-de-pau, monociclo, fio) e tecidos acrobáticos. ‘A Unicamp é a única universidade a oferecer disciplinas de circo e danças brasileiras no currículo obrigatório’, ressalta Monteiro. ‘O circo resgata as atividades expressivas e espontâneas e interessa não somente a leigos’.

Para Marília Freire, mestranda do curso de Educação Física da Unesp, a troca de informações demonstra o crescente interesse pela atividade circense: ‘Criamos na Unesp o Projeto O Circo na Escola, que consiste na apresentação de palestras promovidas pelo LEL em empresas e instituições de ensino’.

Pesquisa – Na sala de tecidos, um dos monitores explica duas regras básicas: ‘Não vale ficar preso no tecido e não vale cair’. Depois ensina ao grupo de 16 pessoas: ‘Levantem o joelho, abracem o pano com a parte interna da coxa’. Com as dicas, os universitários aprendem rapidamente a ficar pendurados pelos pés. Do lado de fora, um fio semibambo estendido entre duas hastes aguarda outra turma. ‘O fio rígido é mais usado no Oriente’, esclarece o professor de artes circenses. ‘Escolhemos o semibambo para que os alunos trabalhem mais os movimentos dos braços. O equilibrismo é atividade perigosa, mas o jovem não vai direto para o fio. Passa antes por exercícios em prancha’, informa Monteiro, que pesquisa o circo brasileiro com a finalidade de complementar a formação dos futuros atores.

Isabel Gardenal
Da Assessoria da Unicamp