Economia: Taxa de cheque especial atinge sua menor cotação desde janeiro de 1995

Pesquisa foi realizada pela Fundação Procon-SP

qui, 20/11/2003 - 17h02 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou pesquisa de taxas de juros e cheque especial para pessoa física em onze instituições financeiras, entre os dias 6 e 7 de novembro.

O Procon-SP constatou um decréscimo de 0,14% em relação ao mês de outubro para as taxas médias de empréstimo pessoal, que ficou em 5,36% ao mês. Esta é a menor taxa desde setembro de 2001, quando o juro para este tipo de empréstimo era de 5,28% ao mês. Os valores cobrados para o cheque especial atingiram o menor patamar histórico da pesquisa desde sua implementação, em janeiro de 1995. A taxa para novembro deste ano é de 8,29% Ao mês. Houve uma redução de 0,05 pontos percentuais em relação ao mês passado, o que representa uma redução de 0,60%.

Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco e BCN.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,36% ao mês, inferior à do mês anterior, que foi de 5,50%, significando um decréscimo de 0,14 pontos percentuais. As três maiores quedas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

Bradesco alterou de 5,87% para 4,36% ao mês. Houve, portanto, um decréscimo de 1,51 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 25,72% em relação à taxa de outubro de 2003;

Caixa Econômica Federal alterou de 5,81% para 5,71% ao mês, significando um decréscimo de 0,10 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 1,72% em relação à taxa de outubro de 2003;

Itaú/BCN alteraram de 5,90% para 5,83% ao mês e de 5,87% para 5,80% ao mês, respectivamente, representando um decréscimo de 0,07 pontos percentuais e uma variação negativa de 1,19% em relação à taxa de outubro de 2003.

Cheque Especial

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,29% ao mês, sendo inferior à do mês anterior, 8,34%, significando um decréscimo de 0,05 pontos percentuais. As três maiores quedas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

BCN alterou de 9,45% para 9,30% ao mês, significando um decréscimo de 0,15 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 1,59% em relação à taxa de outubro de 2003;

Bradesco alterou de 8,37% para 8,29% ao mês, representando um decréscimo de 0,08 pontos percentuais e uma variação negativa de 0,96% em relação à taxa de outubro de 2003;

Unibanco alterou de 8,45% para 8,37% ao mês, significando um decréscimo de 0,08 pontos percentuais e uma variação negativa de 0,95% em relação à taxa de outubro de 2003.

O único banco que aumentou suas taxas, tanto de empréstimo pessoal quanto de cheque especial, foi o Banco do Brasil. No empréstimo pessoal, alterou de 4,90% para 5,30% ao mês, significando um acréscimo de 0,40 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 8,16% em relação à taxa de outubro de 2003. No cheque especial, alterou de 7,55% para 7,61% ao mês, representando um acréscimo de 0,06 pontos percentuais e uma variação positiva de 0,79% em relação à taxa de outubro de 2003.

Neste mês, apesar de os juros continuarem em queda, não houve variações significativas nas taxas médias. Das onze instituições pesquisadas, oito diminuíram, duas mantiveram e uma aumentou sua taxa de empréstimo pessoal. No cheque especial, sete diminuíram, três mantiveram e uma aumentou a taxa.

Na maioria dos bancos foram observados reduções muito tímidas, exceção feita ao Bradesco, que efetuou um corte mais expressivo na sua taxa de empréstimo pessoal (de 5,87% para 4,36%).

As projeções até o final do ano são de desaceleração no ritmo de queda dos juros, a exemplo do resultado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro, que reduziu em apenas 1% a taxa Selic, de 20,00% para 19,00% ao ano, confirmando, de certa forma, a expectativa do mercado. Aliada à diminuição gradativa da taxa de juros, estão sendo implantadas diversas medidas governamentais de incentivo ao crédito, por meio de programas como microcrédito, crédito com desconto em folha, linha de crédito para aposentados, dentre outros.

Como as taxas ainda estão altas, o consumidor deve analisar as diversas alternativas de crédito, priorizando a liquidação de suas dívidas, especialmente nesta época do ano em que as instituições credoras abrem muitas possibilidades de negociação. Nesse momento, o empréstimo só é recomendável para quitar outros empréstimos e financiamentos cujas taxas sejam maiores.

A Fundação Procon-SP coloca o resultado da pesquisa à disposição dos interessados para consulta nos postos de atendimento pessoal (PoupaTempo Sé, Santo Amaro e Itaquera) ou pelo telefone (11) 3824-0446.

Da Fundação Procon
C.A.