Com perda de 0,55 ponto percentual em relação a junho, os preços agrícolas fecharam o mês de julho com redução de 0,75%, informou nesta segunda-feira o Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Segundo relatório do IEA, o IPR (índice de preços recebidos pelos produtores) manteve a tendência devido às fortes perdas nas cotações dos produtos de origem animal, das commodities agrícolas nos mercados internacionais, da valorização do real e da estagnação nos níveis de consumo no mercado interno.
Dos 19 produtos pesquisados pelo instituto, sete apresentaram crescimento nos preços (algodão, banana, cana-de-açúcar, feijão, laranja, tomate e suínos). No segmento dos vegetais, a alta nos preços de seis produtos gerou elevação de 1,14% no índice do grupo. Já no grupo de produtos de origem animal, a queda nas cotações de boi, leite e ovos gerou uma variação negativa de 4,15%.
Entre as altas, destaque para o tomate, que subiu 35,29%. Dos produtos que apresentaram redução nos preços, destaque para a cebola e para o café, que registraram queda de 23,08% e 10,99%.
A pesquisa aponta ainda que, em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 4,20%, em comparação com 1,41% do IGP-M e 2,93% do IPC-Fipe (estimativa). Segundo o IEA, os números indicam um ganho no poder de troca dos agricultores de 2,79 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 1,27 ponto percentual em relação ao IPC-Fipe.
Segundo os pesquisadores do IEA, em 2005, dez produtos apresentaram crescimento no preço, com destaque para feijão e tomate que tiveram aumento acumulado superior a 20%. No mesmo período, sete produtos apresentaram reduções nos preços. Algodão, arroz e suínos tiveram queda acumulada superior a 20%.
O relatório completo sobre o desempenho do IPR no mês de julho está disponível pela internet, no www.iea.sp.gov.br.