Economia: Nível de ocupação aumenta 1,7% na Região do ABC

Seade e Dieese divulgaram Pesquisa de Emprego e Desemprego nesta terça-feira, dia 3

ter, 03/12/2002 - 14h25 | Do Portal do Governo

Os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade, Dieese e Consórcio Intermunicipal das Bacias do Alto Tamanduateí e Billings, mostraram que, em outubro, a taxa de desemprego total da Região do ABC apresentou redução de 1,6%, passando de 19,3% em setembro para os atuais 19%.

Em outubro, o nível de ocupação na Região do ABC apresentou crescimento de 1,7%, devido, exclusivamente, à geração de 32 mil ocupações nos Serviços, uma vez que houve redução nos demais setores. Quanto ao tipo de inserção, observou-se aumento de 20 mil empregos, sendo 8 mil assalariados sem carteira assinada.

O contingente de desempregados foi estimado em 246 mil pessoas, mantendo-se inalterado em relação ao mês anterior, uma vez que o número de ocupações geradas (18 mil) foi idêntico ao de pessoas que entraram na PEA.

Em setembro, o rendimento médio dos ocupados e o dos assalariados declinaram, pelo sexto mês consecutivo. Devido às retrações de 1,1% e 2,5%, respectivamente, esses rendimentos passaram a equivaler, em valores monetários, a R$ 831 e R$ 894.

Desemprego
A taxa de participação da Região do ABC cresceu 1,3% (de 62,8% para 63,6%), o que representou a entrada de 18 mil pessoas na PEA da Região. Como foram geradas 18 mil ocupações no mês, o número de desempregados não se alterou.

A análise do desemprego por tipo mostra que a redução da taxa de desemprego total em outubro, deveu-se à retração da taxa de desemprego aberto, que passou de 12,4%, em setembro, para 12%, em outubro, uma vez que a de desemprego oculto passou de 6,9% para 7%.
Os contingentes em desemprego aberto e oculto foram estimados em 155 mil e 91 mil pessoas, respectivamente.

Taxas de Desemprego por Tipo- Região do ABC (1)
Segundo atributos pessoais, observou-se redução da taxa de desemprego para a maioria dos segmentos analisados: homens (7,6%); pessoas de 18 a 24 anos (7,1%) e de 40 anos e mais (0,8%); pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto (1,9%); pessoas com pelo menos o ensino médio completo (1,3%); chefes de domicílio (1,0%); e demais membros (1,1%).

Por outro lado, esta taxa aumentou 3,4% para as mulheres, 6% para as pessoas de 25 a 39 anos e 1,1% entre aquelas com ensino fundamental incompleto.

Em outubro, a taxa de desemprego total na Região do ABC diminuiu 1,6%, enquanto a da Região Metropolitana de São Paulo manteve-se relativamente estabilizada (0,5%) e a do município de São Paulo aumentou 1,1%.

Comparada com a de outubro de 2001, a taxa de desemprego total na Região do ABC apresentou aumento de 7,3%, a do município cresceu 7,1% e a da Região Metropolitana de São Paulo ampliou-se em 3,8%.

Ainda na comparação anual, observou-se que, por atributos pessoais, este aumento ocorreu sobretudo para as pessoas de 25 a 39 anos (22,1%), aquelas com pelo menos o ensino médio completo (20,8%), os não-chefes de domicílio (15,1%), as mulheres (13,9%) e os jovens de 18 a 24 anos (11,4%).

A taxa de desemprego dos homens ficou estável em 14,6%. Por outro lado, registrou-se queda da taxa de desemprego entre chefes de domicílio (12,6%), pessoas com 40 anos e mais (5,3%) e aquelas com nível de instrução fundamental incompleto (2,6%).

No mês em análise, o tempo médio despendido pelos desempregados na procura por um trabalho aumentou duas semanas, passando de 48 para 50 semanas. Com relação a outubro de 2001, esse período manteve-se inalterado.

Taxas de Desemprego Total- Região Metropolitana de São Paulo, Município de São Paulo e Região do ABC (1)
Compreende os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul,Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Em outubro, o nível de ocupação da Região do ABC apresentou saldo positivo de 1,7%, devido, exclusivamente, ao crescimento de 6,7% no setor Serviços, superando as reduções observadas no nível de ocupação do Comércio (3,9%), da Indústria (2,3%) e do agregado Outros Setores (1%). O contingente de ocupados foi estimado em 1.048.000 pessoas, com aumento de 18 mil pessoas em relação ao mês anterior.

Por setor de atividade, verificou-se o seguinte comportamento:
Indústria: eliminação de 7 mil postos de trabalho; Comércio: redução de 6 mil ocupações; Serviços: aumento de 32 mil ocupações;
Outros: eliminação de 1 mil ocupações.

A.M.